> >
Concessão da BR 262 vai criar 6,2 mil empregos no ES e em MG

Concessão da BR 262 vai criar 6,2 mil empregos no ES e em MG

Vagas serão criadas principalmente nas obras ao longo dos 30 anos em que a rodovia e a BR 381, em Minas, ficarão sobre os cuidados da iniciativa privada. Veja também as intervenções que o projeto prevê na via

Publicado em 11 de agosto de 2020 às 22:57

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Interdição em trecho da BR 262, no Espírito Santo
Obra em trecho da BR 262, no Espírito Santo. (Divulgação | DNIT)

A concessão da BR 262 no Espírito Santo,  em conjunto com a BR 381 em Minas Gerais, deverá criar 6.242 vagas de emprego nos dois Estados, de acordo com estudos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A estimativa é que sejam abertas  4.157  vagas diretas e 1.864 indiretas, ao longo de 30 anos de concessão, considerando as obras e a manutenção dos serviços na via.

A agência não discrimina quantas vagas serão abertas em cada Estado, mas estudos da  Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) apontam que, somente considerando as intervenções no trecho capixaba, sejam criados 1.783 empregos diretos. O número só não será maior, segundo a federação, em virtude da mecanização no setor da construção pesada, que reduz a necessidade de mão de obra.

O projeto de outorga da BR 262, em conjunto com a BR 381 (MG), foi enviado nesta terça-feira (11) para o Tribunal de Contas da União (TCU), ultimo passo antes do leilão, que deve ocorrer no primeiro trimestre de 2021. Ele prevê duplicações, construção de passarelas e acessos.

Concessão da BR 262 vai criar 6,2 mil empregos no ES e em MG

O Ministério da Infraestrutura (Minfra) calcula que, considerando vagas diretas e indiretas além das oportunidades que serão criadas a partir das intervenções na via, sejam gerados 154.062 empregos ao longo dos 30 anos de concessão. O cálculo considera também os negócios que o empreendimento acabará viabilizando, como melhorias no escoamento de cargas, desenvolvimento e integração entre as regiões no entorno da rodovia e atração de novas empresas, por exemplo.

O executivo do Conselho Infraestrutura da Findes, Romeu Rodrigues, aponta que os empregos serão criados para as obras, principalmente nos primeiros anos, e na parte operacional da rodovia, como nas praças de pedágio.

"Teremos uma geração significativa nos primeiros anos, sem contar que os empregos da operação, que são basicamente perenes. Além disso, as obras devem gerar R$ 181 milhões em impostos para o Espírito Santo e um aumento de R$ 4,4 milhões no PIB capixaba", afirma.

Rodrigues lembra que a BR 262 é uma rodovia extremamente importante para Minas e Espírito Santo. "Ela é o principal acesso para importação e exportação para Minas Gerais, além de ser relevante para o turismo nos dois Estados. Queríamos fazer com que o governo federal fizesse o trecho de Domingos Martins antes da concessão, mas o próprio ministro disse que eles perderam o tempo exato para a obra, que terá que aguardar mais um pouco", aponta.

O projeto da concessão abrange 686,10 km de segmentos rodoviários, compreendendo os trechos da BR 381, de Belo Horizonte a Governador Valadares; e da BR 262, do entroncamento com a BR 381, em João Monlevade (MG), ao entroncamento com a BR 101, em Viana. O investimento total será na soma de R$ 7,73 bilhões em melhorias e outros R$ 6,9 bilhões em custos operacionais. Os números por rodovia e Estado ainda não foram informados pelo Minfra.

A concessão terá um prazo de 30 anos, prorrogável por mais cinco anos. A proposta da concessão se baseia em um modelo híbrido, levando em conta o critério de menor valor de tarifa de pedágio com o de maior valor de outorga fixa. A licitação será realizada na modalidade leilão junto à Bolsa de Valores de São Paulo (B3), sessão em que se procederá a abertura e classificação das propostas.

De acordo com o Minfra, no início da concessão, os trabalhos iniciais são realizados em todo o trecho concedido. O mesmo acontece com o trabalho de recuperação da rodovia. "A concessão foi estudada como um projeto único com um total de R$ 7,8 bilhões de investimentos a serem realizados ao longo do prazo de 30 anos. Mais da metade deste investimento, R$ 4,8 bilhões, está sendo alocado em obras de ampliação de capacidade e melhorias. Serão duplicados 590 km de rodovia. Deste, 178 km são no trecho do Espírito Santo", disse.

As obras iniciais de melhorias emergenciais começam já no primeiro ano de contrato, com foco na conservação da via. Além delas, também é implantado o serviço de apoio aos usuários, com sistema de pedágio e vigilância. Do 3º ao 8º ano de concessão, começam as obras de recuperação e as estruturais, como as duplicações.

Ao todo, serão 11 praças de pedágio distribuídas entre Minas Gerais e Espírito Santo. Em média, a cada 70 quilômetros, haverá uma unidade (veja abaixo onde cada uma ficará). As cobranças começam no 13º mês após a concessão ser realizada.

MELHORIAS NO ESPÍRITO SANTO

No trecho capixaba, serão construídas sete travessias urbanas:

  1. Viana (km 15,9)
  2. Santa Isabel, em Domingos Martins (km 37,8)
  3. Marechal Floriano (km 45)
  4. Pedra Azul, em Domingos Martins (km 90)
  5. Venda Nova do Imigrante (km 103,3)
  6. Ibatiba (km 156,7)
  7. Distrito de Pequiá, em Iúna (km 195,8)

O Espírito Santo terá oito passarelas ao longo da BR 262:

  1. Viana (km 19,1) - 6º ano de concessão
  2. Domingos Martins (km 36,9) - 6º ano de concessão
  3. Marechal Floriano (km 45,3) - 7º ano de concessão
  4. Pedra Azul, Domingos Martins - 16º ano de concessão
  5. Venda Nova do Imigrante (km 102,8) - 17º ano de concessão
  6. Venda Nova do Imigrante (km 107,5)- 17º ano de concessão
  7. Ibatiba (km 156) - 20º ano de concessão
  8. Ibatiba (km 158) - 20º ano de concessão

O trecho capixaba da BR 262 ainda receberá: 

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais