Abastecer o veículo pesa no bolso do consumidor, principalmente daquele que não tem a opção de deixar o automóvel na garagem e faz dele seu ganha-pão. Apesar de os preços dos combustíveis terem tido uma redução nas últimas semanas, o impacto com esse gasto ainda é grande. Por isso, toda forma de economizar é bem-vinda.
De acordo com especialistas da área, entre as recomendações para fazer o tanque "render mais", a mais indicada é sempre manter a manutenção do veículo em dia.
No Espírito Santo, de acordo com o Monitoramento de Preços da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), a gasolina custa, em média, R$ 5,72.
Apesar de o preço continuar acima de R$ 5, esse valor é consequência da redução da alíquota do ICMS do Governo do Estado, realizada em julho deste ano, de 27% para 17%.
A Petrobras, também no mês de julho, anunciou duas reduções no preço do litro da gasolina nas refinarias que impactaram nesse valor. A primeira, de 4,9%; a segunda, de 3,9%.
O etanol, por sua vez, custa R$ 4,85; e o diesel, combustível majoritariamente utilizado por veículos de grande porte, custa R$ 7,22
Diante desse cenário, se é preciso abastecer, como reduzir os gastos com o combustível? Veja 12 dicas abaixo:
De acordo com o mecânico Henrique Caldas, a revisão geral do veículo uma vez por ano é fundamental para garantir o seu bom funcionamento. “A manutenção em dia evita que o motor, principalmente, consuma mais combustível que o necessário, além de aumentar a vida útil do veículo."
O alinhamento correto faz com que os pneus se desgastem menos, enquanto o balanceamento evita trepidações ao rodar. Além disso, esses dois serviços previnem o aumento do atrito dos pneus no solo além do necessário e não deixam que o veículo perca desempenho. “O carro desalinhado e com o balanceamento irregular fica mais pesado. O veículo precisa fazer mais força para se locomover. Logo, precisa de mais combustível”, comenta Henrique Caldas.
De acordo com o mecânico, ter a disciplina de calibrar os pneus com a pressão recomendada pelo fabricante melhora a rolagem dos pneus no solo, evitando o desperdício de combustível. “O ideal é calibrar a cada 15 dias”, recomenda.
Para o pleno funcionamento do motor, considerado o coração do veículo, é necessário a certeza de que ele está funcionando perfeitamente bem. Por isso, qualquer barulho estranho ou odor, é fundamental levar o veículo até um mecânico para uma revisão. Ao levar na revisão, fique atento se vai ser necessário ou não a troca dos filtros de ar, a troca de óleo, a substituição das velas e a verificação de outros itens.
Dirigir de maneira agressiva, além de ser perigoso, também não é interessante quando o objetivo é economizar combustível. Para prevenir o desgaste do motor, é importante medir a força do pé no acelerador para não desperdiçar combustível. "O ideal é manter a constância na velocidade", orienta o mecânico.
Procure trocar as marchas de forma suave e sempre na rotação correta, mantendo o giro do motor compatível à marcha escolhida.
Apesar de muita gente acreditar que é econômico deixar o carro em ponto morto, essa prática não é recomendada por uma questão de segurança e de economia de gasolina. Se o carro estiver desengatado e sem auxílio do freio-motor, o sistema de freio será mais exigido e poderá falhar. Nesse caso, a dica é deixar o carro engatado na marcha mais alta, mesmo sem acelerar.
Aquecer o motor antes de sair, hoje em dia, se tornou desnecessário, já que os propulsores contam com injeção eletrônica. O sistema atual dá conta de fazer o carro andar mesmo no frio. Para modelos flex, lembre-se de abastecer o tanquinho de partida a frio. Além de gastar combustível à toa, esquentar o motor num carro com injeção eletrônica pode desgastar as peças e diminuir sua vida útil do veículo.
Estar sempre com o veículo pesado também contribui para aumentar o gasto de combustível. Cargas superiores a 10 quilos já influenciam no consumo, pois o motor terá que fazer mais força para colocar o automóvel em movimento. Procure levar no carro somente o que precisar, evitando guardar malas, caixas cheias, entre outros.
O mecânico Henrique Caldas também não recomenda que o condutor abasteça e, logo em seguida, deixe o carro parado. “Depois do abastecimento, a injeção eletrônica do veículo precisa de 15 minutos para o sistema entender que o combustível foi colocado. Se isso não acontecer, o carro, sempre que for ligado, vai precisar ‘gastar’ mais tempo de leitura (e mais gasolina) para fazer isso.”
Como a maioria dos carros é flex, ou seja, abastece tanto a álcool como a gasolina, o mecânico dá uma orientação importante: “O carro com álcool gasta 30% mais do que a gasolina. Ou seja, só vale a pena abastecer etanol quando ele estiver entre 30 e 40% mais barato do que a gasolina”, explica.
Ainda sobre o abastecimento, nada de andar com pouca gasolina, porque a injeção eletrônica gasta mais e não abastecer pouco a pouco. “A injeção eletrônica é o computador do carro. Colocá-la para trabalhar mais do que ela deve é uma forma de gastar mais gasolina. Por isso, o ideal é que ela esteja sempre regulada e que o tanque esteja abastecido de ¼ pra cima”, finaliza.
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