O navio-plataforma Anita Garibaldi, que estava atracado há quatro meses no Estaleiro Jurong Aracruz (EJA), deixa o Espírito Santo nesta quarta-feira (26). Convertida em plataforma e integrada na China, a embarcação do tipo FPSO (que produz, armazena e transfere óleo) veio para o Estado para passar pelo processo de finalização, que consiste no comissionamento, nas inspeções regulatórias e em testes operacionais.
Com capacidade de produzir até 80 mil barris de petróleo por dia (bpd) e processar até 7 milhões de m³ de gás/dia, a nova plataforma é estratégica para o Plano de Renovação da Bacia de Campos, voltado para a revitalização de ativos maduros operados pela Petrobras na região.
O FPSO Anita Garibaldi será interligado a 43 poços, sendo 25 produtores, com pico de produção previsto para 2026, e produzirá óleo dos reservatórios de pós-sal de Marlim e Voador e do reservatório de pré-sal de Brava, no litoral norte do Rio de Janeiro.
A plataforma foi construída e será operada pela japonesa Modec, que vai produzir sob afretamento para a Petrobras. A unidade tem o início de produção previsto para o segundo semestre de 2023.
À convite da Petrobras, a reportagem de A Gazeta visitou a plataforma no Estaleiro Jurong antes de ser transportada para os campos produtores. Como a propulsão e o leme são retirados, ela será levada por rebocadores.
Além do FPSO Anita Garibaldi, também entrará em produção nos próximos meses o navio-plataforma Anna Nery. As duas novas plataformas têm capacidade de produzir, em conjunto, até 150 mil barris por dia (bpd) e substituem as dez unidades que produziam nos campos de Marlim e Voador.
Outra plataforma da Petrobras terá partes fabricadas em Aracruz, a P-82. Os trabalhos devem começar em junho. Essa unidade será uma das maiores a operar na indústria de petróleo e gás mundial, com capacidade de produzir até 225 mil barris de petróleo por dia (bpd) e processar até 12 milhões de m³ de gás/dia – além de armazenar mais de 1,6 milhão de barris.
A P-82 vai operar no campo de Búzios, o maior em águas profundas do mundo, e terá ao todo 11 plataformas. A P-82 será a décima plataforma a ser instalada em Búzios e está programada para entrar em operação em 2026.
A P-82 será a 29ª unidade a entrar em produção no pré-sal e integra a nova geração de plataformas da Petrobras, que se caracterizam pela alta capacidade de produção e pelas tecnologias inovadoras de baixo carbono.
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