O Espírito Santo deve receber R$ 50,03 bilhões em investimentos até 2026, conforme mapeamento realizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) divulgado nesta terça-feira (27). Entre as obras previstas estão a construção de novos portos, ferrovias, fábricas, usinas termelétricas, expansão de negócios já existentes e até projetos de cunho ambiental.
No total, são 717 projetos. Entraram na lista apenas os que estão orçados em mais de R$ 1 milhão cada um, previstos ou em execução, e que devem ajudar a impulsionar a economia capixaba, tornando as empresas mais competitivas e gerando emprego e renda para moradores do Estado.
O setor industrial concentra a maior parte das operações, sendo responsável por cerca de R$ 46,9 bilhões em investimentos (93,7% do total), principalmente na área da construção (R$ 29,3 bilhões). A indústria extrativa, por sua vez, reúne projetos orçados em cerca de R$ 8,75 bilhões, enquanto os planos para o segmento de Transformação alcançam R$ 7,6 bilhões.
Nos segmentos de comércio, serviços e administração pública, a cifra chega a R$ 3,1 bilhões, com destaque para as áreas de saúde humana e serviços sociais (R$ 1,03 bilhão), educação (R$ 631 milhões), transportes, armazenagem e correio (R$ 453,2 milhões) e administração pública, defesa e seguridade social (R$ 404,2 milhões).
Entre os projetos em execução, o principal destaque é o investimento que vem sendo realizado pela mineradora Vale a fim de reduzir a emissão de poluentes para melhorar a qualidade do ar. Ao todo, as ações vinculadas ao Termo de Compromisso Ambiental (TCA) da companhia devem demandar uma aplicação de R$ 4,6 bilhões.
Já a ArcelorMittal prevê investir R$ 1,2 bilhão na execução de projetos normativos para melhoria da produção e controle ambiental na planta de Tubarão.
A Petrobras, por sua vez, deve aplicar R$ 1,3 bilhão em atividades de desenvolvimento do Novo Campo de Jubarte. Também no litoral Sul capixaba, a Shell deve aplicar R$ 1 bilhão em desenvolvimento e produção de campos de petróleo.
Entre os projetos previstos, mas que ainda não entraram em execução, um dos principais investimentos é a construção do Porto Central, para atender setores como petróleo e gás, minério, granito, agricultura, indústria automobilística, entre outros. A execução do projeto, a ser implantado em Presidente Kennedy, na Região Sul do Estado, deve demandar cerca de R$ 8,2 bilhões.
O primeiro trecho da EF-118, ferrovia que vai ligar Vitória ao Rio de Janeiro, também entra na conta. São esperados investimentos da ordem de R$ 3,2 bilhões no trajeto entre Cariacica e Anchieta.
Dos R$ 50,03 bilhões que serão aplicados no Estado até 2026, 72,8% (36,4 milhões) são provenientes de projetos da iniciativa privada nacional, um avanço em relação ao levantamento anterior, quando os projetos anunciados representavam 58,2% de uma carteira de investimentos de R$ 45 bilhões.
Os investimentos feitos pelo poder público alcançam 18,2%, enquanto as empresas de capital misto representam 4,7% do total. A parcela final dos projetos (4,3%) é tocada por companhias de origem internacional.
Os investimentos estão concentrados, principalmente, na região metropolitana do Estado (44,2%). Na sequência, vem as microrregiões do Litoral Sul (25,3%), Rio Doce (18,9%) e o Nordeste capixaba (4,9%).
O coordenador do estudo, Antônio Ricardo Freislebem, observa que a concentração de investimentos na região metropolitana é histórica, mas, nos últimos anos, uma série de incentivos fiscais têm contribuído para ampliar a regionalização do desenvolvimento capixaba.
"Políticas como o Compete, o Investe, procuram atrair novas empresas e dar possibilidade de crescimento àquelas já presentes. Além disso, há uma série de incentivos para empresas na região da Sudene, o que tem contribuído para a elevação de investimentos em outras áreas do Estado, fora da Região Metropolitana. Na medida que você tem grandes investimentos no Norte, no Sul, você está levando desenvolvimento para todo o Estado."
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