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Conheça trabalhadores que resistem em profissões que estão desaparecendo

Conheça trabalhadores que resistem em profissões que estão desaparecendo

Você ainda vai ao engraxate? Revela fotos do filme da câmera? Essas práticas nos últimos anos acabaram saindo de moda, mas alguns profissionais seguem firmes nesses ramos e contam como tem sido

Publicado em 1 de maio de 2022 às 13:02

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Raul Couto, 64 anos, um dos poucos engraxates remanescentes em Vitória. (Vitor Jubini)

Você ainda vai ao engraxate? Revela fotos do filme da câmera? Ou, ao entrar em um elevador, costuma pedir para um profissional apertar para qual andar você deseja ir? Pois é, essas práticas nos últimos anos vêm saindo de moda, mas alguns profissionais seguem firmes nesses ramos.

Neste Dia do Trabalhador, A Gazeta traz alguns trabalhadores que resistem nessas profissões que estão quase desaparecendo.

É o caso do Raul Jacinto Couto, de 64 anos, que resgatou o trabalho de limpar sapatos de sua infância no interior do Estado, em Cachoeiro de Itapemirim. Depois de exercer diversas profissões, passou a deixar os sapatos impecáveis de quem procura seu serviço no Centro de Vitória.

No entanto, segundo Raul, os novos hábitos sociais, como o uso de calçados mais informais como o tênis, por exemplo, fez cair muito o movimento pelas bandas da Costa Pereira, onde sua cadeira está instalada. O dinheiro é pouco mas pelo menos "dá pra fazer a feira no final de semana", relata o engraxate. 

NO SOBE E DESCE

"Infelizmente a profissão tá acabando, nem sei se tem mais, acho que sou a última". Esse é o relato de Roseli Oliveira Silva, 54 anos, ascensorista que atua há 30 anos na função. Ela comanda o acesso de pessoas aos andares de um condomínio repleto de consultórios em Santa Lúcia.

Rose, como é conhecida, já ouviu de muita gente que sua profissão é desnecessária, por outro lado, existem aqueles, que, por medo de elevador ou dificuldade de locomoção, se sentem mais confortáveis com uma presença amiga em certos momentos. 

EM BUSCA DE ATUALIZAÇÃO

O processo da fotografia analógica exigia um grande número de laboratoristas para atender a demanda de revelações solicitadas por fotógrafos amadores e profissionais. Remanescente daquela época de ouro do filme, Alexandre Messias, 53 anos, montou seu próprio negócio e consegue resistir se adequando de acordo com as evoluções tecnológicas.

Apesar da fotografia digital imperar na atualidade, muita gente ainda imprime suas recordações. E a aposta do laboratorista para prosperidade de seu negócio é a vulnerabilidade do formato eletrônico: "A foto no celular e no computador não tá segura, muita gente perde. Agora, no papel, daqui a 50 anos seus filhos e netos vão ver sua fotografias".

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