Netflix grátis no periodo de isolamento! Devido a pandemia de COVID-19, nós estamos liberando acesso totalmente grátis a nossa plataforma pelo período de isolamento, até que o vírus seja contido. Essa mensagem sim, com erros de português tem sido vinculada à marca Netflix. Tal ação de marketing seria muito boa se não fosse apenas mais um golpe que cibercriminosos criaram para tentar roubar dados de consumidores que estão no isolamento.
Informações do Dfndr Lab, laboratório especializado em segurança digital da PSafe, apontam que em todo o Brasil esta mensagem teve mais de 65 mil acessos e compartilhamentos. No Espírito Santo o golpe também fez vítimas, segundo o titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos, delegado Brenno Andrade.
Infelizmente, em tempos de coronavírus, as pessoas têm se aproveitado para criar esses golpes. As mensagens circulam, principalmente, no WhatsApp e e-mail, prometendo assinaturas grátis da Netflix, sorteio de máscaras e de álcool em gel. Quando a pessoa clica no link ela é enviada para o preenchimento de um formulário que será repassado para os criminosos, explica o delegado.
Os criminosos aproveitam o momento em que determinado assunto está em destaque para aplicar os golpes. Hoje é com o coronavírus, mas no passado já foi com a situação de Brumadinho e certamente outras virão no futuro, antecipa.
O diretor do Dfndr Lab, Emilio Simoni, destaca que o golpe relacionado à falsa oferta de assinatura gratuita da Netflix já é o terceiro maior durante o período da pandemia ficando atrás do golpe do auxílio emergencial de R$ 600 e da falsa promoção de cerveja grátis.
Todos os golpes têm o mesmo objetivo, que é o roubo de dados dos consumidores. Além disso, no fim do cadastro aparece uma mensagem dizendo que para ele ser concluído a pessoa precisa repassar a mensagem para outras 10 pessoas, o que aumenta o número de vítimas, comenta Simoni.
De acordo com Brenno Andrade, o bom senso é o principal aliado das pessoas na hora de escapar de uma cilada. É não acreditar em tudo que chega pelo WhatsApp, pelo e-mail, ainda que quem enviou seja uma pessoa conhecida. Também é importante ter um pacote de antivírus instalado, se possível pago. Esses programas ajudam a identificar sites maliciosos antes mesmo que a pessoa abra a mensagem, justifica.
Outra dica do delegado é sempre buscar as fontes oficiais de informação.
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