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Contrato futuro de café conilon passa a ser negociado na Bolsa de Valores

Contrato futuro de café conilon passa a ser negociado na Bolsa de Valores

Segundo a B3, negociação permite aos produtores e às cooperativas a gestão de risco da oscilação do preço do café

Publicado em 23 de setembro de 2024 às 14:19

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Um dos principais produtos agrícolas do Espírito Santo, o café conilon passou nesta segunda-feira (23) a ser negociado na B3, a Bolsa de Valores brasileira sediada em São Paulo. 

O Espírito Santo é responsável por aproximadamente 70% da produção nacional do café conilon, sendo que o Brasil é um dos maiores produtores do mundo. Outros Estados que também se destacam nessa variedade são Rondônia e Bahia.

Café conilon de Jaguaré, o maior produtor dessa variedade no país
Contrato do café conilon/robusta terá cotação em reais e não em dólar. (Ítalo Spagnol)

De acordo com as informações da B3, a negociação dos contratos futuros de café conilon permite que produtores, cooperativas, comercializadoras e indústrias se protejam contra a volatilidade dos preços do mercado ao fixar um valor para a posterior venda do produto.

O contrato futuro de café tem a possibilidade de entrega física, em Vitória, com lotes depositados em armazéns credenciados pela B3. O produto será negociado cru, em grãos, em contratos que equivalem a 100 sacas de 60kg e com vencimento nos meses de janeiro, março, maio, julho, setembro e novembro.

“Na produção e comercialização de qualquer produto agrícola é muito importante ter uma ferramenta de trava de preço para vendas futuras. Com esse lançamento, buscamos atender uma demanda do mercado para a criação de um derivativo que aumente a proteção de preço do café contra as flutuações inesperadas”, comenta Marielle Brugnari, head de produtos de commodities da B3.

Contrato futuro de café conilon passa a ser negociado na Bolsa de Valores

Cotação em reais

Ainda segundo informações da B3, diferentemente do café arábica, o contrato do café conilon/robusta terá cotação em reais e não em dólar. “Entendemos que faz mais sentido para um produto como o conilon ter a negociação em reais, já que o maior volume da produção é voltado para o mercado interno, ao contrário do café arábica, que é um produto voltado para a exportação”, explica Marielle.

Esse é o sétimo contrato de commodities da bolsa, que já negocia café arábica, milho, soja CME, soja FOB Santos, boi gordo e etanol hidratado.

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