O governador Renato Casagrande (PSB) determinou na tarde desta sexta-feira (20) o fechamento de comércios não essenciais em todo o Espírito Santo para evitar a propagação do novo coronavírus. A medida tem validade de 15 dias, a partir deste sábado.
Ficam permitidos apenas a abertura de estabelecimentos considerados essenciais, que são farmácias, supermercados, padarias, alimentação e cuidados com animais, postos de combustível, lojas de conveniência e feiras livres.
Já restaurantes e lanchonetes só poderão funcionar até as 16 horas. Fora desse horário, esses estabelecimentos poderão funcionar apenas com o serviço de delivery (entrega em casa), informou a assessoria do governador.
A medida é mais uma das anunciadas pelo governo para evitar o contágio e propagação da Covid-19 no Estado. Até quinta-feira (19), eram 13 casos confirmados no Espírito Santo. A determinação foi publicada nas redes sociais do governador:
Quanto aos comércios que poderão continuar abertos, a recomendação do governo para a população é a mesma: que pessoas idosas e que pertencem ao grupo de risco da Covid-19 evitem ir a esses locais.
A nova medida anunciada por Casagrande se assemelha com a adotada por outros Estados, como São Paulo e Rio de Janeiro. Isso porque mesmo com as orientações e pedidos para as pessoas ficarem em casa, muitos ainda insistem a sair e frequentar espaços com aglomerações.
Nesta semana, Casagrande já havia anunciado outras medidas para o setor do comércio, como a determinação de fechamento de shoppings centers por 15 dias e de academias de ginástica por 30 dias. No caso dos shoppings, os serviços essenciais (como supermercados, farmácias e clínicas) também podem abrir.
Também estão fechados parques públicos e bancos, que estão funcionando apenas com atendimento interno para clientes que precisam sacar benefícios.
O presidente da Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio-ES), José Lino Sepulcri, disse que a medida foi discutida com a entidade e já esperada desde o anúncio do fechamento de shoppings. Ele afirmou ainda que os empresários do setor vão cumprir a decisão.
"Nós acatamos a decisão do governo que, ao nosso ver, é para preservar a vida dos trabalhadores e empresários do comércio, além dos consumidores. Desde segunda o movimento já vinha caindo bastante e não fazia sentido ficar aberto mais", comentou.
De acordo com Sepulcri, com o baixo movimento nas ruas, lojistas já vinham passando por dificuldades. Nesta quinta, as vendas no comércio de rua no Estado representaram apenas 15% do que acontece em dias normais.
Diante da queda de movimento dos últimos dias e da paralisação por 15 dias, com faturamento zero, José Lino Sepulcri fez um apelo ao governador:
Quanto a trabalhadores, o presidente da Fecomércio-ES disse que ainda não há uma orientação geral do que fazer, como a concessão de férias coletivas, por exemplo. Ele orientou que os empresários consultem seus departamentos jurídicos para tomarem essas decisões.
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