O corpo do empresário e ex-deputado federal Camilo Cola foi sepultado na fazenda da família em Pindobas, Venda Nova do Imigrante, Sul do Espírito Santo, na tarde deste domingo (30). O velório ocorreu no mesmo local e reuniu familiares, amigos e diversas autoridades. O fundador da Viação Itapemirim morreu na noite deste sábado (29), aos 97 anos, de causas naturais.
Cola foi sepultado ao lado do corpo da sua primeira mulher, Ignez Massad Cola, que morreu em 2008. Atualmente, o empresário era casado, em segundas núpcias, com Maria Luzia Gonçalves Borges e tinha dois filhos, Ana Maria Cola e Camilo Cola Filho.
O velório reuniu muitos amigos, familiares e diversas autoridades e empresários do Espírito Santo. A cerimonia foi restrita aos convidados e a imprensa acompanhou da área externa.
O governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), esteve no local e destacou o legado de Camilo Cola para a história capixaba.
O governador vai decretar luto oficial de três dias pela morte do empresário e fundador da Viação Itapemirim. Anteriormente, Casagrande já havia se manifestado sobre a morte de Cola, em suas redes sociais.
O prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Victor Coelho (PSB), também esteve na cerimônia e lembrou da importância de Camilo Cola para o Estado. “Nós estamos muito sentidos com esse momento, ele era um homem visionário e um ícone para a nossa sociedade. Uma grande perda para o Estado do Espírito Santo, fica aqui o nosso profundo sentimento de pesar pela partida dele”, disse.
O prefeito já havia publicado em suas redes sociais lamentando o falecimento do empresário e ainda decretou luto oficial em Cachoeiro.
Sobrinho-neto de Camilo, Douglas Cola disse que a partida do empresário deixa um vazio e muita tristeza para a família. Douglas ainda lembrou como era o empresário na intimidade.
“Ele era uma pessoa de hábitos simples e que valorizava a família. Ele acordava cedo e não gostava de deixar as coisas para depois. Era muito recepetivo”, afirmou o familiar.
Empresário, fundador do Grupo Itapemirim, e ex-deputado federal capixaba, Camilo Cola fez história no Espírito Santo e no país com sua trajetória empresarial e também no campo político. Camilo ainda participou como combatente da 2ª Guerra Mundial.
O principal marco da trajetória de Camilo Cola foi a criação da Viação Itapemirim. A empresa teve várias rotas. Em seus melhores momentos, a viação estava entre uma das maiores da América Latina.
A partir dos anos 2000, a saúde financeira da empresa já não era mais a mesma. Além de lidar com situações desfavoráveis, como gratuidades e transportes clandestinos, a Viação Itapemirim enfrentava um entrave para resolver concessões e autorizações de linhas junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) - que durou de 2008 a 2015. Em 2016, a empresa foi vendida para os empresários de São Paulo Sidnei Piva de Jesus e Camila de Souza Valdívia.
Nesta época, Camilo Cola não era mais o presidente da empresa, mas continuava participando do Conselho. Isso porque, no ano 2000, ele foi eleito deputado federal e permaneceu até o ano de 2008. Depois, retornou a bancada federal, entre os anos de 2011 e 2015. Camilo era correligionário do então Partido do Movimento Democrátrico Brasileiro, atual MDB.
A atual diretoria do Grupo Itapemirim soltou nota de pesar sobre a morte do empresário. Os novos comandantes da corporação disseram que Cola deixou um legado de desenvolvimento para o Brasil.
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), publicou em suas redes sociais, na manhã deste domingo (30), uma foto de Camilo Cola. Na postagem, realizada às 9h42, o presidente lembra a participação do ex-combatente em lutas brasileiras.
Bolsonaro falou sobre a atuação de Camilo Cola na Segunda Guerra Mundial e agradeceu pela participação do ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB) “na luta contra o nazismo e fascismo”.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que é militar da reserva brasileira, também lamentou em seu perfil no Twitter, às 9h05, a morte de Camilo e citou a entrega da Medalha Barão de Mauá, homenagem realizada pelo Ministério em 2020.
Além deles, diversos políticos, autoridades e empresários do Espírito Santo lamentam, através de redes sociais, a morte do empresário. Veja aqui.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta