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Crise do ovo: como a escassez global do produto pode se refletir no ES

Crise do ovo: como a escassez global do produto pode se refletir no ES

Em alguns países, surto de gripe aviária tem reduzido a oferta. Produto já estava se tornando caro devido à Guerra da Ucrânia, que levou ao encarecimento dos grãos e da energia elétrica; saiba mais

Publicado em 12 de fevereiro de 2023 às 15:54

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A escassez de ovos de galinha nas prateleiras de países como Estados Unidos, Reino Unido, Nova Zelândia e Portugal tem preocupado consumidores. Um surto de gripe aviária tem reduzido a oferta do produto, que já vinha aumentando de preço como um reflexo da Guerra da Ucrânia, que, por sua vez, levou ao encarecimento dos grãos e da energia elétrica.

O aumento dos custos de produção também tem afetado o Brasil. Para se ter ideia, na Grande Vitória, por exemplo, o preço do ovo de galinha subiu 28,10% em 2022 — a segunda maior variação do país, perdendo apenas para Curitiba, no Paraná (31,09%).

Ovo de galinha
Em diversos países, ovo tem desaparecido das prateleiras nas últimas semanas. (Pexels)

O patamar fica bem acima da média nacional, que foi de 18,45%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mas a “crise do ovo”, especificamente, não deve trazer grandes mudanças para o Espírito Santo. O Estado é um dos principais produtores do país. Aliás, o Brasil exporta bem pouco de sua produção, conforme observa o diretor executivo da Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo e da Associação de Suinocultores do Espírito Santo (Aves/Ases), Nélio Hand. Assim, não há qualquer previsão de falta de ovo. Ao mesmo tempo, não há expectativa de aumento de exportações.

“O que está acontecendo lá é uma questão sanitária, de gripe aviária, mas aqui no Brasil não temos tido problemas do tipo. Em relação ao mercado em si, os consumidores têm visto algum ajuste nos preços, mas é mais por causa dos custos de produção, que aumentaram muito, principalmente desde 2020, em meio à pandemia. O custo da ração subiu muito, então, quem produz proteína animal, teve que acompanhar.”

Ele explica que, devido à alta dos preços, muitos produtores chegaram a operar “no vermelho” durante algum tempo, sendo necessário reduzir a produção ou, até mesmo, sair da atividade.

“Com isso, a produção do Espírito Santo deu uma reduzida, assim como aconteceu nacionalmente, e o preço do ovo sofreu ajustes. Então, essa alta foi mais em função dos custos, que subiram muito nos últimos três anos. Não tem uma relação direta com essa situação vista em outros países.”

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