O número de desempregados no Espírito Santo caiu, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgados nesta terça-feira (19) pelo IBGE. A taxa de desocupação no terceiro trimestre do ano foi de 10,6%, a menor do período desde 2015.
Não há, no entanto, só boas notícias. O número de capixabas que tentam sobreviver de bicos, ou seja, que estão subocupados, está cada vez maior e agora são 111 mil pessoas nessa situação. Somando esse número aos dos desempregados, são ao todo 339 mil desocupados e subocupados sem um emprego regular.
Esses capixabas vivem de "bicos" esporádicos, cuja renda mensal é insuficiente para o sustento. No mesmo período do ano passado, eram 94 mil pessoas no Estado nessa situação. O número, que tem crescido constantemente, chegou ao maior valor já registrado. A situação é semelhante a de 2012, quando eram 105 mil capixabas tentando sobreviver com trabalhos esporádicos.
Ainda longe do resultado ideal, especialistas avaliam que os dados mostram que, aos poucos, a situação econômica do Estado começa a melhorar. Para a economista Arilda Teixeira, eles são um bom sinal.
"Os dados mostram uma reação no mercado de trabalho, e isso é positivo. A taxa de desemprego aceitável seria de até 5%. Estamos com o dobro do aceitável pela estatística mundial, mas estamos melhorando. Os dados mostram que as pessoas estão sendo mantidas no emprego e está havendo contratação. As demissões estão parando, diminuindo, e as contratações estão aumentando. Os empresários com mais confiança, querendo aumentar a produção, investir mais, demitir menos e empregar mais. É um bom sinal", explica.
A Pnad também mostrou que a renda média do capixaba que atua no mercado formal também subiu. O trabalhador de empresa privada com carteira assinada, recebe por mês, em média, R$ 1.961. O valor é o mais alto já registrado desde 2012, quando a pesquisa passou a ser realizada.
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