O mercado de trabalho ainda sofre os efeitos da pandemia. Os indicadores que refletem o desemprego no Espírito Santo deram um salto durante o terceiro trimestre.
Entre julho e setembro, 286 mil pessoas estavam desempregadas, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número é 15,7% maior que o resultado do segundo trimestre (247 mil).
O número de trabalhadores subocupados, isto é, atuando horas insuficientes para garantir uma renda, saltou de 88 mil para 101 mil no terceiro trimestre. Neste cenário, a taxa de subutilização da força de trabalho alcançou 24,9%.
Somando os dois grupos, o Estado tem 387 mil pessoas desempregadas ou em subempregos. O número era 335 mil no trimestre anterior.
Já a taxa de desocupação passou de 12,3% no segundo trimestre para 13,9% entre julho e setembro deste ano, alcançando o pior patamar u[e o primeiro trimestre de 2017 (14,5%). Já os níveis de ocupação subiram de 52,5% para 52,7%, representando cerca de 1,7 milhões de capixabas.
Os dados da Pnad revelam ainda que o número de pessoas que, nesse período, foram remuneradas por pelo menos uma hora de trabalho completa, passou de cerca de 1,759 milhão no segundo trimestre deste ano, para cerca de 1,774 milhão entre julho e setembro.
Ou seja, foram cerca de 15 mil postos de trabalho criados no período. No setor privado, entretanto, a quantidade de profissionais que atuavam de carteira assinada baixou de 615 mil no entre abril e junho para 608 mil no terceiro trimestre, ou seja, 7 mil pessoas a menos no mercado formal privado.
Por outro lado, houve aumento de contratações de empregadas domésticas, que passaram de 90 mil no segundo trimestre, para 94 mil no trimestre seguinte. O setor foi muito impactado pelas medidas de enfrentamento à pandemia. Devido ao confinamento necessário para evitar o avanço da doença, muitas famílias afastaram as domésticas ou demitiram e dispensaram os serviços prestados por diaristas.
Entretanto, houve aumento da informalidade no setor. O número de trabalhadores domésticos com carteira assinada caiu de 29 mil para 25 mil no período, enquanto o número de profissionais sem carteira passou de 61 mil a 69 mil.
Os números apontam para um impacto muito grande na vida dos trabalhadores conta própria. O número de pessoas nesse mercado passou de 452 mil para 481 mil, ou seja, um crescimento de cerca de 31 mil no trimestre.
Predomina, entretanto, a informalidade. Enquanto o número de trabalhadores com CNPJ passou de 130 mil para 135 mil, os profissionais sem CNPJ passaram de 321 mil a 346 mil entre o segundo e o terceiro trimestre deste ano.
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