O Dia dos Pais não vai passar em branco no Espírito Santo. Segundo pesquisa, itens de vestuário lideram o ranking das intenções de compra para a data, seguidos por perfumes e cosméticos, calçados e acessórios, como meias, cintos, óculos, carteiras e relógios. Já o gasto médio com os presentes será de R$ 236, pagos preferencialmente à vista, via pix, segundo dados da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Vitória.
“O Dia dos Pais é a quarta melhor data para o comércio, atrás apenas do Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados. No comércio capixaba, a expectativa é de que as vendas para a data sejam melhores do que o registrado no ano passado. A população do Estado tem o hábito de pesquisar preços e opções na internet, mas as lojas físicas ainda serão os principais locais de compras”, disse o presidente da CDL Vitória, Rogério Abranches Alcantara.
Ainda segundo ele, a data vai funcionar como um termômetro para as contratações de temporários para o Natal, preparado o comerciante para o segundo semestre deste ano, que vem se mostrando mais positivo para o setor.
No panorama nacional, a expectativa é de que o Dia dos Pais movimente R$ 24,09 bilhões no comércio. Levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que 63% dos consumidores pretendem comprar presentes. Na prática, isso significa que aproximadamente 101,8 milhões de pessoas devem presentear seus entes queridos no segundo domingo deste mês.
Em relação aos gastos, 34% têm intenção de gastar o mesmo valor que em 2021, 29% desejam desembolsar mais, e 26% querem gastar menos. Entre aqueles que pretendem gastar mais, 50% desejam comprar presentes melhores, 49% acreditam que os preços dos produtos estão mais altos e 19% querem comprar mais presentes.
A pesquisa aponta que a maioria dos consumidores pretende comprar mais de um presente e que itens de vestuário lideram o ranking para o Dia dos Pais. Além disso, 78% pretendem pagar à vista, principalmente no PIX (29%), dinheiro (25%), no cartão de débito (24%). Já 37% preferem pagar a prazo, principalmente com parcelas no cartão de crédito (33%).
Aproximadamente oito em cada dez consumidores (78%) pretendem pesquisar preços antes de fazer as compras, sendo que a maioria utiliza sites (73%), lojas de shopping (53%), redes sociais (41%), e lojas de rua (38%). A pesquisa foi feita em 27 capitais, com homens e mulheres, de idade igual ou maior a 18 anos, entre 1º e 8 de julho.
Com os preços estão mais salgados no mercado, na hora de escolher o produto, é importante ficar atento ao valor gasto só com os impostos embutidos. Há casos de tributos corresponderem a mais da metade do valor final do presente.
Levantamento feito pelo advogado tributarista Samir Nemer, com os produtos mais procurados para o Dia dos Pais, aponta para impostos que chegam a 79% do valor final dos presentes. Esse é o caso do perfume importado.
Em segundo lugar no levantamento está o vinho importado (69,73%), seguido do perfume nacional (69,13%) e o smartphone importado (68,76%). “Nos produtos importados, além da tributação normal (IPI, ICMS, PIS/Cofins) é acrescentado o imposto de importação. Além disso, a alta do dólar tem pressionado o preço desses produtos”, esclarece Nemer, que é sócio do escritório Furtado Nemer Advogados.
No ranking com maior quantidade de impostos, além de bebidas, surgem ainda o tablet importado (59,32%), o tênis importado (58,59%) e o relógio (56,14%).
Roupas e sapatos costumam ter menos impostos. Bermuda, blazer, camisa social, camisa comum e camisa de time de futebol têm 34,67% do seu valor só de tributos. A calça jeans tem 38,53%, o sapato, 36,17% e o boné, 35,06% de taxas. Mas os presentes com menor quantidade de impostos são os livros, com apenas 15,52%, e ingressos para cinema e jogo de futebol (20,85%).
O ICMS, o IPI e o imposto sobre importação são os que mais “abocanham” o valor dos produtos, pois paga-se até três vezes mais só pela carga tributária. De tudo que o Brasil produz, 33,9% vai para o governo.
Apesar de o Brasil não ter a maior carga tributária do mundo nem da América Latina, o retorno desses valores não é tão claro. De acordo com o ranking do Índice de Retorno e Bem-Estar Social (IRBES), o Brasil é o 30° da listagem, por “ter muito imposto e retorno de menos” para a população.
“O Brasil não tem a maior carga tributária do mundo, mas é o país que menos devolve os tributos na forma de benefícios à população”, pontua o advogado.
Com informações da CDL e de Samir Nemer
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