Com o dinheiro da venda da Companhia de Gás do Espírito Santo (ES Gás) — arrematada nesta sexta-feira (31) em leilão na B3 por R$ 1,423 bilhão pela empresa mineira Energisa S.A — o governo do Estado planeja investir na construção e melhoria de rodovias para melhorar a logística do Espírito Santo.
Segundo o governador Renato Casagrande (PSB), todo o dinheiro ficará em caixa específico para investimentos, que serão na melhoria de rodovias e logística. Dessa forma, governador garantiu que os recursos não serão destinados a despesas fixas de custeio e pessoal, como pagamento de servidores ou rombo de previdência.
Apesar do governo do Espírito Santo ter 51% das ações com direito a voto, o Estado tem apenas 39,98% do capital social da empresa. Dessa forma, Espírito Santo vai receber 39,98% do valor da venda da empresa, cerca de R$ 568.9 milhões. O restante será destinado à Vibra, sócia do estado na companhia.
No Espírito Santo, a ES Gás é a concessionária responsável pela distribuição do gás natural canalizado e é regulada pela Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (Arsp). A ES Gás atua nos segmentos residencial, comercial, industrial, automotivo, de climatização e cogeração e termoelétrico, totalizando mais de 75 mil unidades consumidoras
“O recurso será aplicado em duplicação de vias, tecnologia e infraestrutura em áreas que vão permitir que o Estado tenha mais competitividade. Por isso, vamos melhorar o acesso aos portos do Espírito Santo, para ter facilidade na movimentação de carga e na ligação entre municípios”, afirmou.
O CEO da Energisa, Ricardo Botelho, informou que tem o dinheiro em caixa para finalizar a aquisição da ES Gás. O valor de compra da ES Gás inclusive foi inferior ao lucro líquido da companhia registrado em 2022, que foi de R$ 1,7 bilhão, uma alta de 4,4% em relação a 2021.
A previsão é que o pagamento seja feito à vista, assim que a Energisa assumir a gestão da empresa, o que deve ocorrer em até 120 dias, mas o processo ainda passar pela aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Até lá, as operações de ambas as empresas seguirão de forma independente.
Ao colunista de economia de A Gazeta, Abdo Filho, Casagrande detalhou que o montante será usado para uma série obras de logística, como:
O CEO do grupo mineiro Energisa, Ricardo Botelho, destacou que a decisão pela aquisição da ES Gás foi tomada com o objetivo de diversificar o portfólio e vai marcar a entrada da companhia do mercado de distribuição de gás.
“Avaliamos o gás natural como ponte para o futuro energético como insumo e combustível. Há uma demanda pelo gás natural, que proporciona uma queima limpa, eficiente, econômica e segura, sendo o menos poluente dos combustíveis fósseis. Além disso, o produto permite entrega confiável, sem interrupções no fornecimento”, comenta Botelho sobre a escolha participar do mercado de serviços de distribuição de gás.
Botelho falou ainda sobre alguns motivos para ter escolhido investir no Espírito Santo:
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