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Dinheiro digital e apps viram aliados no controle das finanças

Dinheiro digital e apps viram aliados no controle das finanças

Movimentar recursos por esses aplicativos, porém, exige cuidados com segurança da informação. Veja dicas para ter domínio do orçamento e se proteger de fraudes

Publicado em 21 de junho de 2020 às 10:00

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Aplicativos podem ajudar consumidor a ter mais noção de seus gastos
Aplicativos podem ajudar consumidor a ter mais noção de seus gastos. (Psafe/Divulgação)

Para além da praticidade e rapidez, os aplicativos que permitem a realização de pagamentos virtuais e que funcionam como carteiras digitais podem contribuir até mesmo com as finanças pessoais.

Por eles, é possível acompanhar de forma simplificada e na palma da mão todos seus gastos, por exemplo, sem ser preciso tirar extrato bancário ou ter que anotar tudo em um caderninho. Há alguns apps específicos ainda apenas para monitorar receitas e despesas do mês que não fazem nenhuma transação.

Carteira, finanças
Fechar a carteira para controlar os gastos ficou mais fácil com apps. (Pixabay)

Na avaliação do economista Eduardo Araújo, esses produtos podem trazer um maior controle financeiro que ajude a não passar por perrengues com dinheiro. Ele acredita que a gestão dos recursos fica mais simples.

"Com essa digitalização fica muito mais fácil levantar o histórico dos seus hábitos de consumo. Dá para fazer um diagnóstico das despesas e um controle do que entra e sai mais fácil que pagando em dinheiro e sem perder tempo anotando em caderninho ou fazendo planilha", avaliou.

De acordo com Araújo, esse controle fica ainda mais indispensável em tempos de crise como o atual, em que a renda das famílias cai drasticamente, o que exige mais prudência ao gastar, evitando dar algum passo maior que a perna.

Ele porém faz um alerta para o fato de ser tão fácil o uso que as pessoas com maior propensão ao consumo se descontrolem financeiramente. "Nem todo mundo tem esses cuidados de controle. A maioria dos brasileiros não tem muita educação financeira ou de fazer um orçamento para a tomada de decisões".

Para evitar isso, é preciso uma mudança financeira que vai além da tecnológica, e sim cultural, conforme diz Araújo: "Mudar efetivamente os hábitos de consumo a tecnologia não faz. Os avanços até vem para facilitar isso, mas depende de cada um. Se isso acontecer, essas ferramentas vão sim poder ajudar muito".

CUIDADOS COM A SEGURANÇA DEVEM AUMENTAR

Quando se fala em pagamento por aproximação sem senha, reconhecimento facial, ou mesmo agora do sistema de transferências via WhatsApp, parte das pessoas sempre fica com o pé atrás quanto ao quesito segurança. E não é pra menos. Por mais que essas soluções que têm chegado facilitem a vida e até ajudem nesse momento evitando o contato físico, há sim riscos e que devem ser levados em conta.

O temor de fraudes, roubo de dados e invasão de aparelhos e contas, porém, não deve ser um fator para impedir o uso dessas novas tecnologias. Para isso, basta reforçar alguns hábitos que vão dar mais segurança nessas operações.

A Gazeta conversou com o especialista em Segurança da Informação Gilberto Sudré, que deu algumas dicas. Um dos principais pontos de alerta, segundo ele, deve ser com os cartões por proximidade.

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Cuidados com segurança no celular precisam ser reforçados. (Pixabay)

"Para passar sem senha, eles são limitados a R$ 50, mas alguns fraudadores já descobriram modos de burlar isso. Já existem também jeitos de clonar cartão a distância. É difícil, mas existe. O usuário que temer isso pode desabilitar essas características do seu cartão ou usar carteiras que bloqueiam NFC, que com o cartão dentro dela o bloqueio físico impede a leitura".

Uma solução para evitar ter que digitar a senha na maquininha seria cadastrar o cartão em aplicativos de pagamentos em que é possível fazer a operação por proximidade ou lendo um QR code. Neste caso, a senha é digitada no seu próprio celular.

Outra dica é a manutenção do próprio smartphone: "É preciso ter um bom antivírus, apenas baixar aplicativos de lojas oficias, e claro, ter uma senha ou algum código de acesso para abrir seu celular", disse o especialista.

No caso WhatsApp, já há um medo de como o sistema de pagamento vai funcionar na visão de Sudré. "O WhatsApp já sofre tanto com ataques, golpes, mensagens falsas e roubos de perfis que tememos que venha aparecer um novo golpe com esse sistema de pagamento deles".

Já o reconhecimento facial, apesar das críticas, ele vê como uma boa promessa. "A impressão digital era uma promessa e ficou frágil. Já o reconhecimento facial ficou mais forte e é considerado mais confiável hoje porque os métodos já vão além da própria imagem e consideram até parâmetros ósseos. Ainda há um caminho a seguir, mas acredito que seja viável num futuro não muito distante".

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No geral, Sudré faz uma avaliação positiva dos avanços atuais com os novos serviços e produtos de pagamentos . "Os cuidados com segurança pelos próprios aplicativos melhoraram bastante. O nível de confiabilidade é bem maior hoje, sobretudo em soluções com mais tempo de mercado".

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