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Dois anos após dragagem, Porto de Vitória ainda não recebe navios com mais carga

Dois anos após dragagem, Porto de Vitória ainda não recebe navios com mais carga

Depois de 20 anos de promessas e paralisações, a obra da dragagem foi entregue em 2017. Mas até hoje falta sinalização e a realização de testes para que de fato o porto amplie sua capacidade de movimentação de cargas

Publicado em 13 de janeiro de 2020 às 22:16

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Porto de Vitória: embarcações poderão estar mais carregadas ao entrar e sair do porto. (Codesa/Divulgação)

Mais de dois anos se passaram desde que a dragagem e derrocagem do Porto de Vitória foi entregue. A obra, que em meio a promessas, paralisações e aumento de custos se estendeu por cerca de 20 anos, era um antigo anseio do setor produtivo capixaba. Apesar de finalmente ter sido concluída, porém, o porto continua sem poder receber navios maiores e com mais carga porque falta sinalização e a realização de testes para liberar o tráfego dessas embarcações. 

As intervenções no Porto de Vitória, administrado pela Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), aumentaram a profundidade do calado de 10,67 metros para 12,50 metros. Elas foram concluídas em outubro de 2017 e custaram R$ 120 milhões aos cofres públicos.

Apesar de estruturalmente o porto estar apto a receber navios com maior profundidade de calado, ainda é preciso realizar a sinalização adequada da Baía de Vitória. De acordo com a colunista de A Gazeta Beatriz Seixas, isso custaria em torno de R$ 1 milhão e essas obras seriam iniciadas no final de dezembro, o que ainda não ocorreu. Essa sinalização náutica indica o caminho para os navegantes, inclui a instalação dos chamados faróis de alinhamento delta.

Dois anos após dragagem, Porto de Vitória ainda não recebe navios com mais carga

Após esse período, devem ser iniciados testes de manobras das embarcações, sendo necessários 10 testes de entrada e 10 de saída na Baía de Vitória. A expectativa é que essa etapa dure aproximadamente cinco meses, permitindo que até o final de 2020 o porto seja capaz de intensificar a sua movimentação de cargas.  Concluído este processo, ainda será necessária a homologação de todas as mudanças.

A reportagem entrou em contato com a Codesa nesta segunda-feira (13) para saber sobre os prazos para a finalização das intervenções, mas não obteve retorno.

Como aumentou a profundidade do porto, os navios com maior capacidade de carga poderão entrar e sair mais carregados. O limite em vigor é de 30 mil toneladas de carga e deve chegar a 70 mil após todas as intervenções. A expectativa é que a capacidade de movimentação seja aumentada em até 35%.

MELHORIAS PARA O TRANSPORTE DE CARGAS

Em entrevista ao Bom Dia Espírito Santo da TV Gazeta nesta segunda,  o governador Renato Casagrande afirmou que a logística é o maior desafio para o Estado e que é fundamental termos um porto especializado transporte de cargas gerais (em contêineres). “Nós temos a perspectiva de investimento privado da empresa Imetame, em Aracruz, que está perto de começar esse porto”, disse.

“Ele já está quase todo licenciado, então, é um investimento importante que poderá ajudar a consolidar essa relação com Minas Gerais, com Goiás e Mato Grosso”, acrescentou o governador.

Além do porto da Imetame, Casagrande também citou o Porto Central, em Presidente Kennedy, e o processo de concessão da Codesa como possibilidades para melhorar o transporte de cargas no Espírito Santo.

A NOVELA DA OBRA DA DRAGAGEM DO PORTO DE VITÓRIA

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