Dos mimos luxuosos à água. Com o passar dos anos, muita coisa mudou para os usuários da aviação civil. As empresas que trabalhavam com o transporte aéreo ofereciam verdadeiros banquetes e, em alguns casos, até caviar, lagosta e champanhe. Mas, agora, em sua maioria, passaram a ofertar amendoins ou apenas água. Quem viaja de avião hoje tem que se acostumar em pagar pela bagagem despachada, pela marcação de assento e até mesmo, em alguns casos, pela mala de mão embarcada.
Enquanto os mimos aos viajantes diminuíam, o preço da passagem se tornou mais acessível. Assim como o luxo dos pratos servidos, os preços das passagens também eram exorbitantes. A revolução no valor dos bilhetes possibilitou que o número de pessoas voando todos os anos aumentassem e fez da aviação uma alternativa de transporte financeiramente viável para muita gente.
No início da década de 1950, por exemplo, a demanda por mobilidade crescia, porém, o preço da passagem continuava muito acima do orçamento das famílias. Foi aí que surgiu as passagens turísticas, que custavam 30% menos em relação às tarifas existentes. Mas na lista de cortesia permaneciam chás, café, chiclete e doces, que continuavam gratuitos, assim como a bagagem de até 20 kg.
Naquele mesmo período, as aeronaves começaram a ficar maiores, mais modernas e com o tempo de viagem mais curto. Em meio a esse processo, o serviço de bordo foi mudando gradualmente. Anos depois, surgiu a classe econômica e cada vez mais a demanda por esse meio de transporte aumentava.
Para que a concorrência desenfreada entre as empresas aéreas não colocasse em risco a segurança e a qualidade dos serviços prestado aos passageiros, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) começou a regular fortemente a indústria e padronizar as empresas. Nesse período, vender mercadorias na classe econômica era proibido.
Os armários a bordo deixaram de existir e a bagagem de mão passou a ser limitada. Além disso, as aéreas começaram a reduzir as suas ofertas de alimentos na classe econômica. Nada mais das refeições ou super lanches, agora no cardápio só havia espaço para sanduíche simples frio, café, refrigerante, suco e água.
E com relação ao assento? Se você está acompanhado, principalmente por crianças, o custo passou a ser praticamente obrigatório. Afinal, você vai deixar seu filho pequeno ao lado de um estranho? Desde julho de 2018, as empresas aéreas começaram a cobrar pela escolha do assento e alteração de voo. Para marcar a poltrona antes da abertura do check-in é preciso pagar uma taxa, que é a partir de R$ 10, à operadora do voo.
Um ano antes, as aéreas já tinham ganhado o direito de cobrar a bagagem despachada e neste ano começou uma inovação dela: o preço dinâmico. Por último, a novidade se tornou a bagagem de mão paga. As low cost, empresas que ofertam serviços a preços mais baixos, trouxeram a modalidade da Europa, permitindo que o passageiro apenas leve uma bagagem pessoal de até 10 kg e proibindo que esta seja a mala de mão.
Sim, a comida servida dentro das aeronaves foi o item que teve a maior mudança ao longo da história da aviação comercial. Nas primeiras décadas, até a classe econômica tinha direito à refeição completa. A Varig (foto), por exemplo, que parou de operar no Brasil em 2006 depois de ser vendida à Gol, tinha cozinhas espalhadas por todo o Brasil para oferecer comida fersca em seus voos. Durante as viagens servia até caviar, champagne e lagosta, um verdadeiro banquete. Já a Transbrasil, que encerrou as atividades em 2001, chegou a servir feijoada a bordo. Hoje, nas viagens de curta distância os lanches se resumem, na maioria das vezes, a um pacotinho de amendoim e água. Já nas de longa, a uma bebida e um sanduíche.
Desde julho de 2018, as empresas aéreas começaram a cobrar pela escolha do assento e alteração de voo. Para marcar a poltrona antes da abertura do check-in é preciso pagar uma taxa, que é a partir de R$ 10, à operadora do voo. A marcação só é gratuita para quem marcar com menos de 48 horas antes do voo.
Em 2017, as aéreas ganharam o direito de cobrar a bagagem despachada. Desde então, as malas de 20 kg, que eram gratuitas, passaram a ser cobradas. Já neste ano, começou uma inovação dela: o preço dinâmico.
Além da cobrança pela bagagem despachada, agora, alguma companhias aéreas low cost, empresas que ofertam serviços a preços mais baixos, passaram a cobrar pela bagagem de mão levada na cabine no Brasil. Elas permitem, por determinação da Agência Nacional da Aviação (Anac) que o passageiro leve apenas uma bagagem pessoal de até 10kg, proibindo que esta seja a mala de mão. A cobrança é comum entre empresas low cost na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia.
Outra mudança foi a comodidade dos assentos. Atualmente, os espaços entre as poltronas ficaram menores e a inclinação das cadeiras também diminuiu. Além disso, se você quiser um pouco mais de conforto, ou compra por espaço extra, ou paga uma passagem de primeira classe.
Com o avanço da tecnologia, algumas companhias aéreas começaram a disponibilizar para os viajantes Wi-Fi a bordo das aeronaves. Porém, isso não durou muito. Em meados de 2017 elas passaram a cobrar por esse serviço também.
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