Com a mudança na tributação dos combustíveis, surge a dúvida: será que é melhor abastecer com etanol ou gasolina? E o GNV (gás natural veicular)? Qual deles tem melhor custo-benefício na hora de rodar com o carro? O levantamento mais recente feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 10 e 16 de julho, mostra que um litro de gasolina, por exemplo, está custando, em média, R$ 6,05 no Estado.
Apenas algumas semanas atrás, o consumidor chegou a pagar quase R$ 8. Desde o dia 1º de julho, está em vigor uma nova alíquota, que, aliada à mudanças na base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de combustíveis no Espírito Santo, trouxe alívio ao bolso dos motoristas.
Com um litro de gasolina, é possível percorrer, em média, 12 quilômetros com o carro. O consumo de cada veículo, entretanto, é variável, conforme explica o especialista Ricardo Barbosa, comentarista do quadro Pit Stop, da CBN Vitória.
“No caso do etanol, dá para rodar, em média, 9 quilômetros por litro de combustível. Para ser vantajoso utilizar o etanol, a diferença tem que ser de pelo menos 30% em relação ao preço do litro de gasolina.”
Ou seja, vale a pena abastecer com etanol se o preço dele for, no máximo, 70% do valor da gasolina. Isso porque o álcool tem uma queima maior, sendo consumido mais rapidamente e o motorista percorre uma quilometragem menor. Um carro menos econômico, que "bebe" mais combustível pode exigir uma diferença ainda maior.
No Espírito Santo, o litro do etanol custa, em média, R$ 5,26, segundo os dados da ANP, sendo equivalente a 87% do preço da gasolina. Assim, no momento, o álcool pode não ser a melhor opção para os motoristas.
Já o GNV, cujo metro cúbico custa, atualmente, cerca de R$ 4,99, tende a compensar mais para quem costuma percorrer quilometragens altas com o carro. O automóvel percorre, em média, 14 km por metro cúbico com GNV. Entretanto, é preciso adaptar o veículo para recebê-lo, o que depende de um investimento financeiro.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), porém, esse gasto pode ser recuperado rapidamente. Para motoristas de aplicativo, que utilizam o carro com muita frequência, por exemplo, a recuperação pode ocorrer em uma questão de meses. Além disso, existe ainda a possibilidade de o kit ser transferido para outro veículo, quando necessário.
“A qualidade é garantida, pois o GNV não pode ser adulterado. A tecnologia de conversão é regulamentada e atende às normas internacionais. O cilindro de gás é muito mais resistente que o tanque de gasolina e/ou álcool e conta com sistema de segurança adequado. Além disso, não altera o combustível original do veículo. Ou seja, sempre que quiser, você pode usar gasolina e/ou álcool", destaca a associação, observando ainda que o GNV é um combustível menos poluente.
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