No Espírito Santo, a geração de energia solar vem batendo recordes desde 2022, quando 341,2 megawatts (MW) estavam em operação no Estado, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Já em 2023, o sistema de captação de energia solar cresceu ainda mais e hoje encontra-se presente em residências, comércios e indústrias, motivada pela possibilidade de o consumidor ter uma economia de até 90% em relação ao gasto de energia elétrica.
“A escolha pela energia solar não representa apenas uma economia financeira imediata, mas também é um investimento a longo prazo, já que os sistemas solares possuem uma vida longa, útil e duradoura, que atinge até 30 anos para os painéis e 20 anos para os inversores”, explica Renato Dias, gerente administrativo da VP Solar.
Com o avanço das tecnologias e o aumento da variedade de empresas no mercado, a novidade se apresenta na quantidade de equipamentos disponíveis. Ao mesmo tempo, os preços se tornam mais acessíveis para a população.
Para residências de quatro a cinco cômodos, os especialistas indicam a instalação de painéis de 800 quilowatt hora (kWh). No Espírito Santo, essa instalação pode ser feita com o investimento médio de R$ 24 mil.
“Após o primeiro mês da instalação, já conseguimos ver os resultados da economia. Atualmente, o retorno do investimento está girando em uma média de dois anos e meio. Com a energia solar, o usuário pode economizar cerca de 90% em relação aos gastos com energia elétrica”, aponta Renato.
Para residências maiores e com maior consumo, a média de valor está entre R$ 28 mil (1.000 kWh), R$ 32 mil (1.200 kWh) e R$ 37 mil (1.500 kWh).
“O interessante é que o sistema em si não precisa de nenhuma manutenção, a não ser as limpezas dos módulos. Essas limpezas são recomendadas de uma a duas vezes por ano e têm o custo médio de R$ 20 a R$ 30 por módulo”, sinaliza Renato Dias.
Além da economia na conta de energia, a instalação de painéis solares vive uma fase de barateamento de, aproximadamente, 20% em relação ao último ano, como apontam dados da Greener, empresa especializada no mercado fotovoltaico.
“Antes da instalação, o ideal é que cada pessoa pegue sua conta de energia e veja a média que gastou nos últimos 12 meses. Com isso, pode entrar em contato com um instalador qualificado para ajudar a calcular o valor da instalação”, explica Gislayara Pagung, especialista de marketing da Kehua Tech.
Além das casas e do comércio, a instalação de painéis solares também é bem vista em condomínios e prédios, onde novidades, como a árvore solar criada no Espírito Santo, surgem como opção para uma captação segura e barata.
“Hoje existem dificuldades principalmente para moradores da cobertura de condomínios, por exemplo, por falta de espaço. Então, precisam fazer o projeto em outro lugar para gerar energia”, explica Renato Dias.
Com a árvore solar, que pode gerar até 300 kWh/mês, os usuários podem aproveitar a energia de diferentes formas, a depender do local em que está instalada. Em prédios e condomínios, pode auxiliar os moradores em áreas comuns, como academias, áreas de lazer e estações de carregamento de carros elétricos, por exemplo.
“Em condomínios, a utilização da energia solar geralmente envolve uma instalação conjunta, onde um sistema central é implementado para alimentar áreas comuns e unidades. O tamanho do sistema e o número de placas solares são dimensionados conforme o consumo total do condomínio”, complementa Gislayara.
Mesmo com a economia em relação à conta de energia elétrica, é importante salientar que não basta arcar com os custos de instalação e manutenção dos painéis. Desde janeiro de 2023, quem faz a instalação de painéis solares paga a "taxação do sol", prevista na Lei 14.300/2022.
Apesar do pagamento da taxa, a instalação de painéis solares ainda se mostra viável e econômica, até mesmo por ser alimentada por uma energia limpa e renovável.
“Embora haja a cobrança de custos de utilização da rede elétrica, como o Fio B, esses ainda são consideravelmente reduzidos em comparação com a tarifa de energia convencional. Além disso, o sistema solar é seguro, silencioso, possui longa vida útil, garantias extensas e demanda baixa manutenção, sendo também uma escolha sustentável e ambientalmente correta”, destaca Gislayara.
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