Puxada pelo bom desempenho do setor de serviços e comércio (+6%), a atividade econômica do Espírito Santo avançou 4,2% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2022.
O resultado, que é superior ao do Brasil (4%), foi apontado pelo Indicador de Atividade Econômica (IAE), apresentado nesta terça-feira (20) pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).
"Esses três primeiros meses tiveram uma atividade turística mais intensiva do que o primeiro trimestre do ano passado, o que também afeta o resultado do setor", observou a economista-chefe da Findes e gerente-executiva do Observatório da Indústria, Marília Silva.
Além de comércio e serviços, que englobam também o transporte, a indústria geral teve resultado positivo (0,3%), beneficiada pelos ganhos da indústria extrativa (8,4%), energia e saneamento (2,7%) e construção (2,2%).
A indústria de transformação, por outro lado, recuou 12%, sob efeito da queda em todas as atividades pesquisadas (fabricação de minerais não-metálicos, metalurgia, celulose, papel e produtos de papel, produtos alimentícios e derivados do petróleo e biocombustíveis).
O setor agropecuário, por outro lado, recuou 6,6% na comparação interanual, motivado pela queda tanto na agricultura (-6,7%), pressionada pela normalidade negativa do café já esperada para 2023, quanto na pecuária (-6,9%), afetada pelos ramos de leite e aves e ovos, que lidam com altos custos de produção.
Na comparação com o trimestre imediatamente anterior ao início da pandemia do Covid-19 (quarto trimestre de 2019), a economia capixaba apresentou crescimento de 10,2% nos primeiros três meses de 2023.
"Um destaque é o setor de construção, que está 61,09% acima do que estava no período pré-pandemia", observou Marília.
Ela destaca, entretanto, que o cenário de juros elevados e endividamento das famílias requer atenção do setor no momento.
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