A Black Friday começa a meia-noite e um desta sexta-feira (27), entretanto, os capixabas e outros consumidores que vivem no Espírito Santo já vem pesquisando há tempos o que pretendem adquirir. A megapromoção, que acontece sempre na última sexta-feira de novembro, é o pontapé inicial nas compras de fim de ano, e muitos aproveitam o momento para antecipar, por exemplo, os presentes de Natal.
Seguindo a tradição, os produtos mais buscados são os eletrônicos. Nos últimos 30 dias, a busca na internet por Xbox, PlayStation, laptops (computadores) e aparelhos de televisão disparou no Espírito Santo, segundo levantamento feito pelo Google.
Nos últimos sete dias também houve aumento nas buscas por lojas de roupa, calçados e até mesmo hamburguerias, em função de promoções adiantadas. Essa antecipação de ofertas também fez crescer a procura por leitores digitais.
Também houve ascensão na busca por lojas de móveis e eletrodomésticos, e, não coincidentemente, na procura pelo termo descontos. São eles, afinal, que tornam a Black Friday tão esperada. A data é propícia para atender os sonhos de consumo, ou seja, para adquirir itens que não são prioridade, e podem esperar até que haja uma redução de preço.
No país, as buscas seguem o padrão de itens que ganharam espaço na vida do brasileiro durante a pandemia do novo coronavírus. Produtos para a casa, itens de escritório e gadgets que facilitam o home office estão entre as preferências.
Em comparação com o mesmo período do ano passado, o Google observou crescimento de 56% em buscas por tablets e leitores digitais, seguidos por computadores (54% de alta), cama, mesa e banho (53%), produtos pet (45%) e jogos (41% de crescimento). Até óleos essenciais tiveram aumento de busca (83%), segundo levantamento realizado pelo Google entre 14 e 20 de novembro.
A pandemia também traz um peso diferente neste ano em relação à forma como as compras são feitas. Embora as lojas físicas venham aderindo à campanha ao longo da última década, mais que nunca, as compras da Black Friday devem ser feitas pela internet.
Foi o que apontou um estudo do Instituto Ipsos, encomendado pelo Google Brasil. Segundo a pesquisa, cerca de 55% dos consumidores do país vão comprar mais pela internet neste final de ano, sendo que, quando a compra é para presentear alguém, esse percentual sobe para 61%.
Mesmo aqueles que pretendem ir às lojas físicas no final de ano ainda pretendem pesquisar na internet antes de ir às compras.
Independentemente da modalidade de compra, o diretor da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), José Carlos Bergamin, destaca que, apesar da crise, o comércio está se mobilizando para realizar boas ofertas. Será uma boa liquidação, e as expectativas são grandes. É um momento bom para os clientes, e para os comerciantes.
A Fecomércio-ES, aliás, espera um crescimento entre 6% a 10% nas vendas do período, em comparação à Black Friday de 2019. No ano passado, a alta foi de 6% em relação a 2018. Bergamin observa, entretanto, que é preciso tomar alguns cuidados para evitar arrependimentos após a compra.
É preciso comprar com racionalidade, e agir menos por impulso. Pesquise, busque o catálogo técnico do produto, converse em família sobre o orçamento que se tem. São coisas básicas, que o consumidor já sabe, mas na hora da compra entra o fator emocional muito grande e compra o que não cabe em casa, tomada que não serve. E é ruim para o comércio que o consumidor se sinta insatisfeito.
Para evitar não apenas arrependimentos, como problemas maiores, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) também orientou sobre alguns parâmetros que devem ser observados ao adquirir determinados produtos.
Eletrodomésticos
Roupas e demais produtos têxteis
Brinquedos
Se a compra é de celulares, por exemplo, o especialista em Segurança da Informação e colunista de A Gazeta, Gilberto Sudré, observa que é importante observa o desempenho do aparelho, duração de bateria, sistema operacional, entre outras características que podem ser importantes para o consumidor, como qualidade da câmera e resolução da tela, por exemplo.
Em relação à tecnologia do smartphone, ele observa que alguns aparelhos disponibilizados recentemente no país já são compatíveis com o 5G. Mas destaca que essa quinta geração da internet só deve estar disponível no mercado a partir do segundo semestre de 2021.
A grande maioria dos smartphones compatíveis com essa tecnologia tem uma faixa de preço alta, variando às vezes entre R$ 3 mil e R$ 5 mil. Se alguém está pensando em comprar agora, só compensa realmente se for ficar com o aparelho por mais de um ano, para que possa realmente usufruir dessa tecnologia.
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