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Em greve, trabalhadores da Jurong fecham entrada do estaleiro no ES

Em greve, trabalhadores da Jurong fecham entrada do estaleiro no ES

Cerca de 1,4 mil trabalhadores diretos estão parados. Sem acordo, eles impedem a entrada de aproximadamente 2,5 mil funcionários terceirizados

Publicado em 16 de setembro de 2021 às 18:20

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Metalúrgicos anunciaram a greve no dia 6 de setembro. (Sindimetal)

Em greve desde o dia 6 de setembro, os trabalhadores do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA), no Norte do Estado, bloquearam a entrada da empresa nesta quinta-feira (16). Os metalúrgicos não concordam com a proposta de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) apresentada pela companhia. Uma nova audiência está marcada para esta sexta (17), mas o fim da greve só deve ser decidido na próxima segunda (20).

O diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do Espírito Santo (Sindimetal), Roberto Pereira de Souza, afirma que a categoria já passou por seis rodadas de negociação e uma mediação com a Jurong. No entanto, não aceitam as propostas oferecidas pelos patrões.

Segundo Souza, são cerca de 1,4 mil trabalhadores contratados de forma direta em greve e, sem acordo com o estaleiro, eles bloquearam a ES-010, em Aracruz, impedindo a entrada dos funcionários terceirizados, o equivalente a 2,5 mil pessoas.

“O sentimento dos trabalhadores é o pior possível, é um nível de insatisfação muito grande. A Jurong é uma empresa muito grande, mas os funcionários têm o menor salário do Brasil, comparado a outros estaleiros do país. São pessoas que vieram de outros projetos importantes, porque o estaleiro se instalou aqui com a perspectivas de projetos que durariam 30 anos e empregariam mais de 6 mil funcionários”, evidencia.

Uma nova rodada de negociações está marcada para às 15h30 desta sexta-feira (17), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Com isso, a proposta da Jurong deve ser apresentada e discutida somente na próxima segunda-feira (20), e os trabalhadores decidirão se aceitam ou se a greve continuará.

REIVINDICAÇÕES

Segundo o Sindimetal, foi proposto aos trabalhadores um reajuste salarial escalonado que não repõe a perda inflacionária do ano. Os metalúrgicos reivindicam correção salarial compatível à inflação do período acrescido de 5%.

Além disso, pedem aumento no valor dos pisos salariais, aumento nos percentuais das horas extras, contrato de experiência de 30 dias, auxílio-refeição de R$ 40,00 por refeição, auxílio alimentação no valor de R$ 800,00 mensais e outros benefícios. No entanto, segundo o sindicato, o estaleiro apresentou as seguintes propostas:

Salário:
7% de reajuste para quem recebe até R$ 9.000,00;
4,5% para os trabalhadores com salários de até R$ 12.0000,00;
Reajuste fixo de R$ 320,00 para os empregados com salários acima de R$ 12.000,000;

Auxílio alimentação:
R$ 30,00;

O Sindimetal afirma que a Jurong negou as demais demandas.

O QUE DIZ A JURONG

A Gazeta procurou a Jurong no dia 6 de setembro, quando a greve começou, e novamente no início da tarde desta quinta-feira (16), mas não obteve resposta. O texto será atualizado se algum posicionamento for enviado.

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