O preço médio da gasolina comum subiu 44%, e o do diesel, 40%, nos postos de combustíveis do Espírito Santo em 2021, segundo levantamento da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).
A gasolina, que em janeiro do ano passado custava, em média, R$ 4,71, chegou ao final de dezembro valendo R$ 6,77, ou seja, mais de R$ 2 de diferença. Já o litro do diesel, cujo preço médio há um ano era R$ 3,71, chegou há R$ 5,20 no mês passado.
A elevação do preço dos combustíveis foi um dos principais fatores que contribuíram para a alta da inflação no país e no Estado em 2021. O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que é a prévia da inflação brasileira, terminou o ano com alta de 10,42%, valor quase três vezes maior que a meta estabelecida pelo governo federal para o ano, que era de 3,75%.
Em novembro, a inflação acumulada na Grande Vitória desde janeiro chegava a 10,69%, sendo que os combustíveis acumularam alta de 51,35%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O encarecimento dos combustíveis se deve principalmente à valorização do barril de petróleo, que, durante uma fase mais aguda de retomada da demanda, após o baque provocado pela pandemia, atingiu patamares bastante elevados.
A alta, que repercutiu no preço do frete de produtos de um modo geral, foi alvo de embates constantes ao longo do ano passado. No primeiro trimestre, o governo federal decidiu zerar, temporariamente, os impostos federais incidentes sobre o diesel, numa tentativa de conter ameaças de uma nova greve dos caminhoneiros.
Também em meio às discussões sobre a política de preços da Petrobras, o então presidente da estatal, Roberto Castello Branco, foi substituído, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, pelo general Joaquim Silva e Luna. A troca no comando chegou a derrubar as ações da petroleira na Bolsa de Valores em mais de 20% em um único dia.
As diversas mudanças, entretanto, não surtiram o efeito esperado. Em novembro, o litro da gasolina, por exemplo, chegou a ultrapassar os R$ 7 em diversos municípios capixabas.
A política de preços atual amarra o preço dos combustíveis à cotação internacional do petróleo, que é precificado em dólar. O câmbio segue em alta desde o início da pandemia, afetado fortemente pela instabilidade política e econômica do país.
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