O Espírito Santo e o Brasil terão muitos desafios ao longo dos próximos anos. Em 2020, os planos que os governos tinham precisaram ser mudados para dar conta das demandas da população e de empresas, diante da crise da Covid-19 na saúde e também na economia, provocando perda da renda e desemprego.
Para empresários capixabas, a geração de empregos é justamente o maior desafio dentre as adversidades que precisam ser superadas para a retomada da economia. Mas para que isso ocorra, segundo eles, será preciso, dentre outros fatores, que a agenda de reformas volte a discussão e saia do papel.
Isso porque algumas empresas ficaram meses sem funcionar, como foi o caso de bares e restaurantes. Já outras tiveram que se adaptar em um piscar de olhos para a nova realidade que a doença trouxe. E o cenário ainda é de incertezas. Nesse momento, o debate se faz essencial para planejar o futuro e saber qual o melhor passo a dar daqui para frente.
Para dialogar sobre essas transformações e o futuro do Estado e do país, o Vitória Summit 2020 reunirá, entre esta quarta (2) e sexta-feira (4), as principais autoridades políticas e empresariais do Espírito Santo, além de um time de especialistas.
O Vitória Summit será uma oportunidade de reunirmos uma plateia qualificada e com capacidade de discutir novas práticas e soluções para que o Estado saia dessa crise sem precedentes de forma ágil, mais modernizado e competitivo. Desde 2005 a Rede Gazeta tem esse compromisso anual de reunir lideranças em prol do desenvolvimento capixaba, pondera o diretor-geral da Rede Gazeta, Café Lindenberg.?
O evento promovido pela Rede Gazeta acontecerá de forma híbrida, com atividades presenciais, restritas a 80 convidados, e painéis digitais para discutir os rumos da política e da economia no pós-pandemia.
Também participarão do encontro o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, o cientista político Carlos Melo, e a jornalista e apresentadora Natuza Nery.
Não há dúvida de que a pandemia está trazendo impactos para os mais diversos setores da sociedade e da economia. Trata-se de uma crise da Saúde sem precedentes que tem reflexos humanitários, sociais, econômicos e políticos. O otimismo do começo do ano acabou ficando para trás diante da disseminação do novo coronavírus.
Vale ressaltar que nosso país vem de uma recessão forte e ainda estava em recuperação quando o vírus desconhecido tornou-se realidade por aqui. Desde 2017, o Brasil crescia na casa de 1%, após duas seguidas quedas importantes de mais de 3%. Os especialistas já afirmam que a crise da Covid-19 deve marcar toda uma geração e ser lembrada por anos. Há estudos que apontam que serão de dois a três anos para uma recuperação real nos mais variados segmentos. A verdade é que cada choque econômico deixa um rastro de desafios e feridas mas, sobretudo, de aprendizados e oportunidades.
Por isso, o mais importante a destacar em relação ao que chamamos de novo normal e à economia pós-pandemia é que eles fomentam dois motores importantes, que serão essenciais para a superação das dificuldades: o da inovação e o da solidariedade.
Este ano, o mercado, de modo geral, já precisou se reinventar e acelerar processos como o da digitalização. A Saúde, por exemplo, teve que dar saltos exponenciais em relação ao uso da tecnologia em suas atividades de rotina, com a implementação rápida e efetiva da teleconsulta, telemonitoramento, entre outros recursos e plataformas que facilitaram o atendimento neste momento em que precisamos reforçar os protocolos de segurança. E a cooperação passou a ser requisito para que a economia se restabeleça, com maior interação e colaboração entre os inúmeros setores sociais e econômicos.
Em relação ao sistema de Saúde, mais do que nunca, precisaremos pensar na eficiência, sustentabilidade, na atenção primária e na prevenção. Telemedicina, monitoramento remoto do paciente, entre outras ações, já são realidade e chegaram para ficar.
Por enquanto, ainda estamos no presente da pandemia. O futuro da economia de modo geral ainda é um enigma, mas o que sabemos é que será necessário austeridade, foco, flexibilidade, inovação e trabalho árduo. A crise trazida pelo coronavírus e pelo tempo de distanciamento, certamente, nos fará pensar mais profundamente sobre os caminhos que deveremos seguir. As novas tecnologias, o relacionamento humano e a empatia entre as pessoas poderão dar o tom dos rumos que a sociedade tomará daqui pra frente. É tempo de inovar, renovar e recomeçar.
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