Empresários do Espírito Santo, representantes de setores produtivos, como indústria e comércio de bens e serviços, elogiaram as medidas anunciadas pelo governo Bolsonaro nesta quarta-feira (18) para conter os efeitos econômicos da pandemia de coronavírus.
Entre as medidas está a autorização para redução de salários de trabalhadores em até 50% e a diminuição da jornada de trabalho. A iniciativa deve ser encaminhada ao Congresso por meio de medida provisória.
De acordo com o presidente da Federação do Comércio (Fecomércio), José Lino Sepulcri, essa é uma atitude louvável do governo e pelo menos dá fôlego para os empresários. "A grande preocupação nossa é justamente isso, honrar os compromissos assumidos, não só da parte tributária, mas também com os fornecedores. Normalmente, se não existe movimento nas lojas e a venda cai, isso vai repercutir de forma negativa no fim do mês", aponta.
Já Léo de Castro, presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), afirma que as medidas ajudam, mas são insuficientes. "O momento que vivemos é muito preocupante. A Câmara dos Deputados acaba de aprovar estado de calamidade pública, o que facilita as ações do governo. Mas precisamos de ações mais ousadas. As empresas precisam de estímulo para resistir a esse período de redução da atividade econômica do país, para assegurar a preservação dos empregos", pontua.
Ainda de acordo com ele, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio das federações estaduais, encaminhou nesta quarta-feira uma série de sugestões ao presidente e ao ministro da Economia.
Elas incluem o adiamento, por 90 dias, do pagamento de todos os tributos federais, incluindo as contribuições previdenciárias, a prorrogação, por 90 dias, do prazo para apresentação das obrigações acessórias das empresas e a redução temporária das tarifas de energia elétrica, através da redução de encargos setoriais e da utilização de bandeiras tarifárias mínimas.
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