Os empresários do Espírito Santo comemoraram a aprovação do texto-base da reforma da Previdência no Senado, que ocorreu na noite desta terça-feira (22). Os senadores ainda precisam votar dois destaques - o que está marcado para a manhã desta quarta-feira (23) - para encaminharem o texto para o Congresso promulgar e, então, ele já começará a valer. Para o empresariado capixaba, este é o primeiro passo para destravar os investimentos no Brasil e para que o país volte a crescer.
O presidente da Federação das Indústrias (Findes), Léo de Castro, lembra que essa era a reforma mais aguardada para o país e que já vem sendo trabalhada há mais de dois anos. "Demorou, mas saiu. Sua aprovação também deve destravar uma série de outras ações para movimentar a economia brasileira. Devemos celebrar o voto consciente dos senadores a favor de um Brasil mais equilibrado e precisamos continuar no ímpeto reformista", avalia.
Ainda segundo o presidente da Findes, a expectativa é de que agora as reformas administrativa e tributária também avancem. "Ainda há outras ações a serem enfrentadas, como a desburocratização, a redução de spread bancário, o aumento da competitividade do sistema financeiro, a racionalização dos licenciamentos ambientais e a agenda de privatização - como, por exemplo, a autorização que o Congresso precisa dar para privatização da Eletrobras", aponta.
Já o presidente da Federação do Comércio de Bens e Serviços (Fecomércio), José Lino Sepulcri, comenta que desde o início do ano o setor ansiava pela aprovação da reforma. "Vemos isso como uma vitória para a população brasileira, até porque é um novo modelo que se desenha viabilizando a restauração dos fundos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Esse é um novo passo que, com certeza, vai contribuir para o desenvolvimento do pais e farão as contas serem sanadas."
O presidente do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), Paulo Alexandre Baraona, explica que os investimentos no país devem aumentar pois, "com a reforma, teremos mais segurança e confiabilidade, principalmente, para os estrangeiros investirem em infraestrutura, que os governos já não tem mais como realizar no nível em que a população precisa.
Já Marcílio Machado, presidente do Sindicato dos Exportadores (Sindiex), lembra que com a aprovação da reforma, o governo conseguiu evitar que houvesse um colapso fiscal no país. Ou seja, que as despesas fossem muito maiores do que as receitas, o que poderia implicar que a União tivesse que se endividar e imprimir papel moeda para pagar as suas dívidas. O que, segundo o presidente, implicaria em um aumento da inflação.
"A reforma foi um passo muito importante para o país, mostrando credibilidade e que as instituições brasileiras estão funcionando de uma maneira adequada", aponta.
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