Metalúrgicos do Espírito Santo entraram em greve nesta segunda-feira (26) em todo o Espírito Santo. O sindicato que representa os trabalhadores (Sindimetal) quer que o salário da categoria seja reajustado em 5%, mas o setor patronal ofereceu 1%. De acordo com o Sindimetal, entre 15 mil e 20 mil funcionários de empresas que prestam serviços para grandes companhias como Vale, Arcelor, Samarco e Jurong, cruzaram os braços.
Ainda de acordo com o Sindimetal, a proposta do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito Santo (Sindifer), que representa os industriais, requer a reformulação de 13 cláusulas da atual Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.
Em nota, o Sindifer afirmou que a crise econômica provocada pelo novo coronavírus limitou a capacidade econômica das empresas.
"Todas tiveram e ainda continuam tendo muitos custos adicionais, quer seja em decorrência da queda no nível de atividade, quer seja com gastos adicionais em prevenção e elevação do nível de absenteísmo em função da necessidade de afastamento de até 14 dias dos empregados que contraíram a Covid-19", diz a entidade.
Já a categoria afirma que o setor de mineração está em um bom momento e acredita que o ônus da pandemia não deve recair totalmente sobre os trabalhadores.
"O setor de mineração esta passando por um dos melhores momento na história. A Vale está a poucas cifras de bater a rentabilidade histórica e muitas dessas empresas prestam serviço justamente para a Vale", afirma Max Carvalho, presidente do Sindimetal.
Para a próxima quarta-feira (28) está agendada uma reunião de mediação entre as duas entidades com a participação do Ministério da Economia.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta