Termina na próxima segunda-feira (17) o prazo para que empresas e startups apresentem projetos de boas práticas ambientais, diversidade no quadro de colaboradores e de melhoria na governança corporativa, que serão selecionados para financiamento pelo governo do Espírito Santo. Batizado de Funses ESG Desenvolvimento, o fundo contará com R$ 250 milhões que serão investidos através do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes).
Com recursos do Fundo Soberano, composto pelas receitas provenientes da exploração de petróleo e gás natural do Estado, o novo programa vai investir entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões por empresa. Os projetos serão selecionados pelo edital e o recurso estadual pode financiar até 80% dos custos através da emissão de debêntures. O foco são as indústrias e empresas da área de educação, energia e saúde. Informações sobre o programa podem ser acessadas no site www.bandes.com.br/esg.
As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas e deverão ser pagas com juros de até 100% da taxa Selic, dependendo da localização do projeto da empresa. As companhias que optarem por investir em cidades menos desenvolvidas do Estado poderão receber desconto de até 10% nesses juros.
O prazo total para que as empresas paguem será de até dez anos, com período de carência de até quatro anos.
Segundo o vice-governador, Ricardo Ferraço, que também é secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, serão priorizados no processo de escolha os projetos que estejam mais avançados e que tenham um prazo de execução mais curto, além de potencial de geração de emprego.
O Funses ESG se une ao Funses 1, braço do Fundo Soberano que completou um ano e é focado em startups. Nesse período, o Funses 1 já investiu mais de R$ 33 milhões em 17 startups e outras 77 empresas de tecnologia participaram de mentoria para a aceleração, de acordo com o diretor-presidente do Bandes, Marcelo Barbosa Saintive.
Um dos critérios adotados para a seleção dos projetos é o desenvolvimento regional, que avalia a capacidade do projeto de gerar empregos, a localização do empreendimento e a integração com a cadeia produtiva. O programa adota como forma de incentivo para a implantação de plantas industriais e a expansão de empreendimentos fora da Grande Vitória descontos na taxa de juros, conforme a localização do empreendimento.
É utilizado tendo por base o Índice de Desenvolvimento Regional Sustentável por Microrregiões e o Índice de Participação dos Municípios. A iniciativa visa a promover o desenvolvimento equilibrado das microrregiões capixabas, com a implantação de projetos de investimentos que possam gerar emprego e renda em todas as microrregiões.
No processo seletivo do programa, empresas que adotam as práticas ESG (Environmental, Social and Governance ou, em português, Ambiental, Social e Governança) têm maior “peso” nessa avaliação. O critério leva em conta o impacto positivo nas comunidades onde os projetos são implementados, ligados à sustentabilidade dos negócios e ao atendimento das expectativas dos stakeholders, como investidores, clientes, funcionários e a sociedade em geral.
“O conceito de ESG é utilizado para se referir às boas práticas empresariais. São projetos de investimento que respeitam os critérios ambientais, a relação da empresa com a sociedade e os parâmetros de governança que verificam a maior transparência e equidade entre a empresa e a comunidade onde atua”, salienta Saintive.
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