Após trabalhadores de uma plataforma de petróleo no litoral capixaba terem sido diagnosticados na semana passada com a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, as petroleiras que operam no mar do Espírito Santo estão tomando mais medidas para evitar a transmissão da doença em suas unidades de produção no mar.
Entre as ações estão recomendações do Ministério Público do Trabalho (MPT), como redução do número de trabalhadores a bordo e uma quarentena de sete dias antes do embarque. Mas há também outras iniciativas como a realização de testes em trabalhadores para saber se eles estão com Covid-19 antes do embarque, evitando assim que empregados infectados sejam levados para as plataformas.
Na semana passada, 34 trabalhadores estavam infectados pelo coronavírus na plataforma FPSO Capixaba, que opera na porção capixaba na Bacia de Campos no complexo petrolífero chamado de Parque das Baleias.
Havia 53 tripulantes no navio, sendo que os demais testaram negativo ou inconclusivo. Os infectados foram trazidos para um hotel em Vitória para ficarem em isolamento, e a plataforma passa por serviço de desinfecção.
A SBM Offshore, dona da plataforma que é afretada pela Petrobras e que também opera em parceria com a estatal e com a Shell em mais outras duas plataformas no litoral capixaba (FPSO Cidade de Anchieta e FPSO Espírito Santo), informou que está adotando em toda a sua frota a "quarentena monitorada" da equipe antes do embarque, além da realização de testes.
"As equipes agora estão sendo testadas antes do embarque. Dessa forma, casos positivos são identificados, seu embarque é impedido e recebem assistência médica em terra", informou a SBM.
A Petrobras, que opera várias plataformas próprias no Estado e também campos em terra, afirmou que, entre as medidas já implantadas está a redução do efetivo nas unidades operacionais ao mínimo necessário para a operação segura em atividades essenciais.
A estatal também citou a aquisição de testes para casos suspeitos; isolamento monitorado pré-embarque; monitoramento contínuo de todos os casos suspeitos e confirmados, além da adoção do teletrabalho em todas as atividades administrativas e para as pessoas no grupo de risco em qualquer atividade.
Segundo a Petrobras, foi implementado o monitoramento de sete dias antes do embarque. Nesse período, "os colaboradores ficam em isolamento, recebem orientação de equipes médicas, são monitorados periodicamente sobre seu estado de saúde e têm acesso a um canal 24 horas para reporte de eventuais sintomas. Todos passam por uma triagem médica antes de embarcar. Aqueles que apresentam qualquer sintoma neste período não embarcam", explicou.
Já a Shell, que produz no Estado na FPSO Espírito Santo, operada pela SBM Offshore no complexo do Parque das Conchas, informou que a embarcação opera normalmente, "com medidas sanitárias adicionais para garantir a segurança de seus tripulantes".
Segundo a petroleira anglo-holandesa, entre as medidas estão o distanciamento social e anamnese pré-embarque, com o objetivo de restringir a circulação de pessoas, minimizar o risco de contaminação a bordo e a disseminação da Covid-19
A Shell Brasil reforçou ainda que "a produção segue em níveis normais em nossos navios-plataformas, e a sonda contratada para fazer perfurações segue o cronograma previsto".
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta