De olho em novas fontes de energia renovável, a ArcelorMittal Tubarão e a EDP Brasil firmaram um acordo para avaliar a viabilidade técnica e econômica de uma planta-piloto para a produção e uso de hidrogênio verde no processo de fabricação do aço no Espírito Santo.
Após passar pela etapa de viabilidade técnica, a expectativa é avaliar a instalação da planta-piloto e, então, também será feita a previsão de investimentos. O estudo deve ser concluído em um ano.
A viabilidade preliminar é a primeira etapa do processo, momento em que serão avaliados os aspectos técnicos, econômicos e ambientais do projeto. Também serão definidos o escopo e os requisitos necessários para sua execução, estabelecendo uma base sólida para decisões relacionadas às próximas fases da parceria.
O estudo de cooperação teve início no mês de agosto, quando os grupos de trabalho de diversas áreas, como engenharia, desenvolvimento de projeto, ambiental, utilidades, regulação e financeiro, iniciaram as atividades, trabalhando de forma colaborativa e integrada para identificar possíveis modelos de negócios mutuamente benéficos.
Segundo informou a ArcelorMittal Tubarão, a iniciativa faz parte dos esforços da empresa para impulsionar a produção de aço de baixo teor de carbono e da EDP – empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro – para expandir a produção de hidrogênio verde utilizando o conhecimento da empresa, que foi pioneira na produção da primeira molécula de hidrogênio verde da América Latina em dezembro de 2022.
A viabilidade de instalação de uma planta-piloto será avaliada conforme os resultados obtidos nas diversas etapas do estudo, principalmente no estágio de definição do projeto. Nessa fase, a previsão de investimentos e os resultados completos de viabilidade serão analisados em detalhe para subsidiar a tomada de decisão sobre a implantação da planta-piloto.
Jorge Oliveira, CEO da ArcelorMittal Aços Planos América Latina, afirma que essa iniciativa está alinhada com a meta global do grupo de se tornar neutro em carbono até 2050, participando do processo de transição para uma economia de baixo carbono.
“O estudo em parceria com a EDP representa mais um passo significativo nessa jornada. Com essa colaboração, exploraremos a possibilidade e a viabilidade de, futuramente, incorporar e aplicar o hidrogênio como parte do nosso processo produtivo, contribuindo com alternativas para nos tornarmos no futuro uma empresa carbono neutro”, ressalta o executivo, acrescentando que se trata de um projeto-piloto e que, para o futuro, será avaliada a viabilidade de expansão para outras unidades da ArcelorMittal no Brasil.
A parceria também faz parte das iniciativas da EDP para liderar a transição energética, com investimentos em fontes renováveis.
“Para que o Brasil possa despontar como uma referência na produção de hidrogênio verde é crucial que haja demanda. A parceria com a ArcelorMittal é um exemplo de como a EDP está trabalhando para fomentar este mercado e colocando em prática toda a nossa expertise e pioneirismo neste tema. Esperamos que este seja o primeiro projeto de expansão da produção hidrogênio verde e de parcerias estratégicas da EDP com diferentes segmentos da indústria que podem ser descarbonizados”, destaca João Marques da Cruz, CEO da EDP Brasil.
O governador Renato Casagrande (PSB) acompanhou a assinatura do Memorando de Entendimento entre as empresas e avalia que a parceria se apresenta como uma grande alternativa para substituir combustíveis fósseis. Para ele, trata-se de uma ótima notícia para o meio ambiente e para a economia verde. "É um compromisso com um futuro mais sustentável e energético."
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