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Energia elétrica puxa inflação; Grande Vitória tem pior maio desde 2014

Energia elétrica puxa inflação; Grande Vitória tem pior maio desde 2014

Gastos com iluminação residencial avançaram 3,48% na Região Metropolitana capixaba; despesas com alimentação e moradia também impactaram no orçamento das famílias

Publicado em 9 de junho de 2021 às 11:52

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Subestação de energia elétrica Serra Sede, da EDP
Subestação de energia elétrica Serra Sede, da EDP. (EDP/Divulgação)

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, subiu 0,74% no mês de maio na Grande Vitória, segundo dados publicados nesta quarta-feira (09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta é a maior inflação para maio registrada na série histórica iniciada em 2014 para a Região Metropolitana capixaba.

Essa alta está associada ao aumento dos gastos com itens que pesam no orçamento das famílias, como alimentação e moradia. A título de comparação, o avanço em abril de 2021 era de 0,38% em relação ao mês anterior. As despesas com a energia elétrica residencial, que avançou 3,48% no período, segundo o IBGE, puxou o impacto inflacionário, devido ao peso do item na cesta de produtos consumidos pelas famílias.

Na leitura deste último mês de maio, os preços de três dos nove grupos pesquisados ganharam força: alimentação e bebidas (1,20%), habitação (1,32%) e artigos de Residência (1,62%). Por outro lado, algumas categorias migraram para deflação, como educação (-0,01%) e comunicação (-0,04%).

Entre os produtos com maior alta no segmento comida estão a banana-da-terra (49,64%), muito utilizada na gastronomia capixaba, a cenoura (18,92%) e o tomate (10,97%). A alimentação no domicílio teve inflação média de 1,29%, já a fora de casa ficou em 0,93%.

Já no setor de habitação, é possível destacar a alta nas despesas com energia elétrica residencial (3,48%). Nos Artigos de residência, houve aumento dos preços dos televisores (7,53%), som e informática (4,58%) e utensílios de metal (4,57%).

A variação do IPCA no setor dos Transportes, de 0,26%, foi menos significativa que no mês anterior, quando foi registrada em 0,63%. Apesar disso, houve aumento no preço do óleo diesel (6,51%) e do gasto com ônibus interestaduais (4,57%). Vitória, uma das 16 capitais brasileiras analisadas pelo IBGE, apresentou a 13ª maior variação do IPCA no país.

O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC) produz o IPCA, que tem por objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo das famílias. Atualmente, a população-objetivo do IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos.

INFLAÇÃO NO PAÍS

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou maio no Brasil com alta de 0,83%, ante um avanço de 0,31% em abril, informou nesta quarta-feira (09), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esta foi a maior taxa para o mês desde 1996, quando atingiu 1,22%. O resultado também ficou acima da taxa de 0,31% registrada em abril. Com isso, o índice acumula alta de 3,22% no ano e de 8,06% nos últimos 12 meses. 

Com a alta da energia elétrica, o grupo habitação foi o de maior impacto no índice geral (0,28 p.p.) e também o de maior variação (1,78%). O grupo também teve o impacto dos aumentos na taxa de água e esgoto (1,61%), do gás de botijão (1,24%) e do gás encanado (4,58%). Além da habitação, os outros oito grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram inflação em maio.

O segundo maior impacto no índice veio do grupo transportes (0,24 p.p.), que teve aumento de 1,15% em maio. Nele, o maior impacto veio da alta de 2,87% da gasolina, cujos preços haviam recuado 0,44% em abril.

No grupo saúde e cuidados pessoais, que teve aumento de 0,76% em maio, a maior contribuição veio dos produtos farmacêuticos (1,47%), cujos preços desaceleraram frente a abril (2,69%). A partir de 1º de abril, houve autorização do reajuste de até 10,08% dos preços de medicamentos – a depender da classe terapêutica e do perfil de concorrência da substância.

O grupo de alimentação e bebidas, que já havia tido alta de 0,40% em abril, registrou inflação de 0,44% em maio. Os preços na alimentação no domicílio desaceleraram (0,23%) frente a abril, quando haviam tido alta de 0,47%. Essa desaceleração foi causada, especialmente, pela queda nos preços das frutas (-8,39%), da cebola (-7,22%) e do arroz (-1,14%). Já as carnes (2,24%) continuam a subir e acumulam aumento de 38% nos últimos 12 meses.

Com informações da Agência IBGE.

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