A empresa de energia Eneva anunciou a compra de participações em complexos termelétricos no Espírito Santo que, atualmente, eram controlados por fundos de ações do Banco BTG Pactual. Entre as térmicas negociadas estão as usinas da Tevisa, movida a gás natural e a óleo, localizadas em Viana. Também fazem parte da operação bilionária a central de geração de energia Povoação e a Luiz Oscar Rodrigues de Melo, ambas em Linhares.
Segundo fato relevante, divulgado nesta terça-feira (16), pelas usinas de Viana foram pagos R$ 611 milhões. A unidade de Povoação recebeu oferta de R$ 1,154 bilhão.
Pela Oscar Rodrigues de Melo, a Eneva pagará R$ 206 milhões na aquisição de debêntures e R$ 650 milhões pela compra da participação. Também pode ser aplicada uma parcela adicional de R$ 103 milhões caso a usina seja recontratada em um futuro leilão de energia. O comunicado ainda afirma que o preço pode ser alterado ao final de auditoria nos resultados que está em andamento.
Entre os atrativos do acordo estão os contratos para geração de energia em vigor, com prazo de validade entre 2024 e 2026.
Em Viana, as duas usinas têm capacidade de 174,6 MW (óleo) e 37,5 MW (gás). A Luiz Oscar Rodrigues de Melo, da empresa Linhares, funciona a gás liquefeito com 240 MW de potencial de produção. A Povoação, que conta também com o gás natural como fonte de energia, a capacidade é de 75 MV.
As aquisições fazem parte de um movimento da Eneva para coordenar uma oferta pública de ações de até R$ 4,2 bilhões, envolvendo o BTG, e os bancos Itaú e Bradesco. Os investimentos foram anunciados na manhã desta terça-feira (16) e a expectativa da companhia é reduzir sua alavancagem para transformar o Banco BTG em seu maior acionista em serviços de geração de energia e gás natural.
A Eneva cita que os ativos representam uma oportunidade de geração de valor, em conjunto com a estratégia e aos seus negócios, oferecendo sinergias, ganhos de eficiência e gatilhos de crescimento.
Além das usinas em solo capixaba, a companhia também está adquirindo a estrutura de Gera Maranhão, em Miranda do Norte, a 120 quilômetros de São Luís, no Maranhão. No caso da estrutura do Norte brasileiro, a aquisição é de 50% do que o BTG detém da usina.
O acordo é para que a Eneva pague R$ 285 milhões ao BTG Pactual pela aquisição de participação, além de, se necessário, uma parcela contingente que pode alcançar R$ 126 milhões.
As operações ainda dependem de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Banco Central do Brasil (BC) e dos acionistas da Eneva e do BTG em suas assembleias.
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