A Energy Platform (EnP) quer construir um hub de gás natural em águas rasas para fomentar a exploração de campos de gás na costa do Espírito Santo e do Rio de Janeiro. O projeto em estudo, que visa estimular a concorrência e o aumento da produção, requer um aporte de mais de US$ 300 milhões e a empresa está em busca de investidores para tirá-lo do papel.
A ideia é instalar uma jaqueta (pequena plataforma metálica) entre as divisas do Espírito Santo e do Rio de Janeiro. A estrutura vai receber gasodutos de diversos produtores, e poderá escoar, através de diferentes conexões, gás para ser processado em unidades de tratamento existentes ou em projeto nos dois Estados. O sistema terá uma capacidade média de escoamento de 15 a 20 milhões de m³/dia de gás.
O projeto será implantado a partir de uma sociedade de propósito específico (SPE), que vai fazer o licenciamento, o projeto básico de engenharia e definir o modelo de negócio.
Segundo o engenheiro e presidente da EnP, Márcio Felix, detalhes do projeto, chamado Hub Gasines, ainda não estão definidos, mas um diálogo prévio sobre o assunto já foi estabelecido com empresários e os governos federal e estaduais.
Estamos articulando com investidores para instalar o produto, então ainda não há prazos definidos", frisa.
No futuro, o objetivo é garantir a chegada de gás em cinco pontos diferentes Macaé, Porto do Açu, Porto Central, Anchieta e Linhares.
Em outras palavras, ele explica que a solução vai interligar as rotas de escoamento (no fundo do mar), o que vai permitir uma competição entre os produtores, e, consequentemente, proporcionar uma redução no preço do gás natural, que beneficia o consumidor, e também atrai investimentos.
Apesar da ligação dos temas, é uma solução diferente das rotas como a chamada rota 6, por exemplo. É uma integração das rotas. Não é um caso de ou o gás vai para o Porto Central (em Presidente Kennedy, no Norte do ES), ou vai para o Porto de Açu (RJ). Vai para os dois.
A central de escoamento, que vem sendo estudada há oito meses, desde o lançamento da EnP, visa a viabilizar comercialmente o escoamento de novos projetos de produção e de ativos do programa de desinvestimento em curso nas Bacias de Campos e do Espírito Santo e com novas descobertas, fruto dos diversos leilões desde 2017.
Nesta conta já está incluso o que se antevê do segundo ciclo da Oferta Permanente da ANP marcado para a próxima sexta (4). A própria EnP, aliás, adquiriu no início de novembro a participação de 50% da americana Petro-Victory Energy em cinco blocos exploratórios terrestres na Bacia do Espírito Santo e nos campos do Polo de Lagoa Parda, todos no Norte capixaba.
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