Considerada a melhor e mais esperada data comemorativa do ano para o comércio, o Natal de 2022 deverá movimentar cerca de R$ 1,58 bilhão em vendas no Espírito Santo, um crescimento real de 4% em relação ao mesmo período de 2021. A estimativa é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), que levou em conta para a previsão a retomada do mercado de trabalho, a desaceleração da inflação, os pagamentos de auxílios e o depósito do 13º salário.
Os segmentos de vestuário, calçados e acessórios deverão concentrar a maior parte das compras, representando 44% do faturamento. Em segundo lugar vem o segmento de hiper e supermercados, com 37% do valor. O ticket médio investido na compra do presente será de R$ 150, um pouco menor que em outras datas comemorativas de 2022, pois no Natal um número maior de pessoas costuma ser presenteado.
O período natalino concentra festividades ao longo de todo o mês de dezembro e nos dois meses seguintes. É considerada uma época de grandes oportunidades para o comércio incrementar as vendas, principalmente pelo maior impulso dos consumidores para as compras. Nesse contexto, promoções, descontos e sorteios serão ferramentas importantes para atrair clientes.
Em todo o Brasil, o faturamento do Natal 2022 deverá ser de R$ 65 bilhões, representando um crescimento real de 1,2% em relação a 2021. A estimativa de faturamento é calculada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e disponibilizada à assessoria econômica da Gerência de Projetos da Fecomércio-ES para análise estadual.
Enquanto a expectativa para as compras de Natal é alta, por outro lado o nível de inadimplência das famílias cresceu nesse final de ano. Além disso, as taxas de juros estão em um patamar elevado, o que desencoraja a tomada de empréstimos.
Segundo a pesquisa mais recente da Fecomércio-ES, apesar de o endividamento das famílias de Vitória ter caído 0,7 ponto percentual (p.p) na passagem de outubro para novembro, ainda está em nível alto: 87,8% dos consumidores da capital estão endividados com cartão de crédito, cheque especial, carnê, crédito consignado, empréstimo e/ou prestação de carro e casa.
É considerado endividado o consumidor que tem prestações para pagar, mas não necessariamente está em atraso com esses compromissos.
Já a inadimplência, quando a pessoa atrasa ou deixa de pagar um dívida, aumentou e ficou 0,9 p.p. acima do mês anterior, atingindo 39,1% das famílias. Essas pessoas afirmam não ter condições de pagar suas dívidas em dia. O percentual dos que não terão condições de pagar débitos atrasados no próximo mês subiu para 20,1%.
*Com informações da Fecomércio-ES
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