Foi iniciada às 10 horas desta segunda-feira (11) a implementação do Plano de Convivência, que permite a abertura gradual e alternada dos estabelecimentos comerciais de rua em municípios da Grande Vitória, Fundão e Santa Teresa, considerados de alto risco para a Covid-19 no Espírito Santo. O objetivo, segundo o governo do Estado, é dar continuidade ao isolamento social com responsabilização individual e não contar apenas com a contribuição do comércio fechado na tentativa de impedir a disseminação do novo coronavírus. Porém, se os casos aumentarem, o Estado afirma que pode retroceder nas medidas.
O secretário de Estado de Governo, Tyago Hoffmann, explicou na manhã desta segunda (11) no Bom dia ES, da TV Gazeta, como irá funcionar o Plano de Convivência. Confira abaixo quais comércios já podem abrir, além das regras, que incluem revezamento, horários e dias específicos para funcionamento.
Fizemos, em parceria com a Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo), a divisão do comércio em dois tipos: um de estabelecimentos com produtos relacionados ao corpo, como vestuário, calçados, etc. E outro, com produtos não relacionados ao corpo, como materiais de construção, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, que funcionaram em dias alternados a partir de hoje (segunda-feira, 11). Nos dias pares, funcionam os estabelecimentos com produtos relacionados com o corpo. Nos dias ímpares, os não relacionados com o corpo. Então nesta semana serão três dias para o funcionamento de comércio com coisas não relacionadas corpo e dois dias para os relacionados ao corpo, e na semana que vem, inverte, em alternância.
Esse regramento é apenas para os locais de risco alto. Esses sete municípios (Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana, Fundão e Santa Teresa) precisam seguir o revezamento e horário específico de funcionamento, entre 10h e 16 horas. No interior do Estado, nas cidades que possuem classificação que continuam em risco baixo ou moderado, não houve mudanças nas medidas.
Tudo que é essencial, como supermercados, farmácias e postos de combustíveis, continuam funcionando todos os dias, sem alternância. Já outros setores que estavam funcionando diariamente, passam a entrar no rodízio com dias alterados, como lojas de material de construção, de auto-peças e venda de veículos. Em relação aos restaurantes, eles não poderão mais funcionar aos finais de semana, a não ser por delivery, ou seja, por entrega. Isso porque precisamos reforçar o conceito do isolamento social. Nos fins de semana, em especial, que é o momento de lazer da família, precisamos que as pessoas entendam que é a hora de ficar em casa, por isso a ideia de que não podemos ter os restaurantes abertos nesses dias. Lembrando que os shoppings também ficam fechados, funcionando apenas por drive-thru (local de serviços em que o cliente não precisa sair do carro).
No caso das igrejas não há decretos específicos de fechamento, mas estamos solicitando que essas instituições não realizem cultos, em função da aglomeração de pessoas. O próprio Ministério Público tem conversado com as igrejas. Quiosques, bares e academias permanecem fechados por enquanto. O governo do Estado está discutindo um protocolo com os setores de academias para uma abertura segura. Mas no momento, o setor assim como shoppings não pode abrir.
As regras valem de segunda a sexta. Aos sábados e domingos, que são dias de lazer, queremos as pessoas em casa. Por isso, não estamos nesse momento autorizando a abertura dos comércios aos fins de semana. Nenhum comércio pode funcionar, apenas os de serviços essenciais, como farmácias, mercados, postos de combustíveis, padarias continuam autorizados.
Uma das ações principais do Plano de Convivência da Pandemia é o reforço da fiscalização. Estados e Municípios, numa ação organizada pelo Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Guardas Municipais, Fiscalizações de Vigilância Sanitária e Fiscalização de Vigilância de Posturas, vão fazer um acompanhamento rígido das regras do comércio para que possamos continuar convivendo com a pandemia. Pedimos que comerciantes respeitem as regras, para que plano dê certo e possamos flexibilizar mais. O que não podemos ter é a redução de isolamento e o aumento significativo dos casos, porque isso pode fazer com que tenhamos que retroceder nas medidas.
O que temos defendido é que o conceito do isolamento social não se resume a fechar comércio. Depende da atitude de cada um. Nossa campanha é da responsabilização individual. Cada cidadão capixaba tem responsabilidade com o isolamento e não podemos colocar toda a conta em cima do comércio, que já deu sua contribuição, ficando quase 60 dias sem funcionar. O modelo da matriz de risco é dinâmico e se a situação piorar, podemos retroceder nas medidas, sempre a partir da base científica fornecida pelos modelos da matriz de risco.
Com contribuição de Kaique Dias, da TV Gazeta.
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