O governo federal deve começar a pagar, a partir de novembro, o novo Bolsa Família com valor mínimo de R$ 300. A expectativa é de que o benefício, que hoje tem valor médio de R$ 192, seja pago após o fim do auxílio emergencial, destinado às famílias em situação de vulnerabilidade durante a pandemia da Covid-19.
A informação foi dada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em entrevista à TV Brasil na noite de segunda-feira (19).
"Prorrogamos por mais três meses o auxílio. Pretendemos em novembro já ter o novo Bolsa Família, e o valor será, no mínimo, R$ 300. Hoje em dia, a média do Bolsa Família equivale a R$ 192, e vamos passar isso para R$ 300. É um pouco mais de 50% de reajuste. Esse dinheiro vem de onde? Vem dos pagadores de impostos. Tenho que ter responsabilidade com esse dinheiro.”
A informação já havia sido mencionada pelo presidente no mês passado, em um anúncio que pegou aos apoiadores de surpresa, conforme apurou o Estadão/Broadcast. Até então, as tratativas das equipes eram para reajustar o valor médio do benefício social dos atuais R$ 190 para R$ 250. Um valor de R$ 300 não caberia no teto de gastos, regra que impede que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação, segundo técnicos do governo.
No último dia 15, entretanto, Bolsonaro enviou ao Congresso projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021 para criar condições para aplicação de recursos em programas sociais e de garantia de renda mínima à população.
Os recursos para viabilizar a ampliação, contudo, ainda não existem, e viriam a partir do ganho de arrecadação de medidas como a tributação de lucros e dividendos, proposta na segunda fase da reforma tributária, enviada pelo governo à Câmara em 25 de junho.
Hoje, o Bolsa é pago a 14,7 milhões de famílias. No entanto, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) exige que o governo zere a fila do programa, que hoje tem ao menos 1 milhão à espera do benefício.
Com o novo desenho, o executivo federal prevê atender até 16,7 milhões de lares, atendendo à exigência de para que o governo estabeleça diretrizes para a unificação de programas sociais de combate à pobreza.
*Com informações da Agência Estado
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