Há um ano, um incêndio de grandes proporções atingiu a fábrica da Cacau Show em Linhares, no Norte do Espírito Santo. O fogo destruiu metade da estrutura e levou cerca de 15 dias para ser totalmente controlado. As investigações sobre as causas do incêndio foram concluídas pelo Corpo de Bombeiros em maio deste ano, mas, na época, a corporação não detalhou por se tratar de empresa particular.
Mas o que de fato ocorreu na madrugada do dia 7 de novembro de 2023? Durante reinauguração da fábrica, nesta quinta-feira (7), Alê Costa, CEO da Cacau Show explicou o que deu início ao fogo.
“Aconteceu um acidente a metros de altura, numa empilhadeira. O condutor estava muito alto e colocou o garfo na empilhadeira, só que a empilhadeira tinha leite, leite em pó. Houve uma pequena fissura no leite em pó e caiu pó em cima da empilhadeira, que tinha luz, causando uma explosão. Foi uma fatalidade”, relatou.
Costa acrescentou que a empresa tomou todas as providências para que não só o novo prédio tenha atenção redobrada na questão do leite, como em todos os treinamentos e manuais de preparação.
“Uma das coisas que mais me encantaram nesse processo foi o reconhecimento da sociedade, dos parceiros, com tudo o que aconteceu. Eu digo isso porque nós fomos a empresa que recebeu o seguro de forma mais rápida no Brasil entre empresas que tiveram o mesmo problema. Por quê? Porque tinha processos claros, porque tinha filmagem clara. Foi, de fato, uma fatalidade.”
Agora, o espaço que foi consumido pelo fogo, recebeu uma fábrica de panetones com linha 100% automatizada, a partir de um investimento de R$ 150 milhões. Com isso, todos os panetones da marca — que eram feitos em fábricas parceiras — agora vão sair do Espírito Santo para todo o país. A capacidade de produção é de 8 mil panetones por hora.
A Cacau Show de Linhares também teve ampliada a sua produção de biscoitos e de massa de chocolate, que é feita e armazenada em tanques na unidade capixaba e, depois, levada para serem processadas nas outras fábricas da marca — localizadas no Estado de São Paulo.
Na época do incêndio, a unidade fabril tinha 300 funcionários, que tiveram empregos preservados. Com a ampliação da capacidade, hoje trabalham mais de 400 pessoas no local.
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