“Aceita Pix?” Essa frase é usada cada vez mais entre consumidores e marcas na hora de pagamentos, e até entre amigos para fazer pagamentos. O Pix permite que recursos sejam transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia.
A modalidade é prática e rápida, e em menos de um ano conquistou 45% da população adulta do Brasil, segundo dados do Banco Central. Com a adesão crescente pela novidade, os usuários precisam se preocupar com golpes.
Uma informação que circula nos aplicativos de mensagem alerta para um novo golpe. Uma pessoa afirma que enviou um Pix errado pela modalidade agendada. O valor era para ser transferido para outra conta, mas acabou indo parar supostamente na conta de outra pessoa. O golpista diz que a transação está agendada, mas que o dinheiro já saiu da conta dele, e pede para aquele que recebeu errado para devolver o valor antes de o recurso ser creditado (veja na imagem abaixo).
Segundo o Banco Central, alguns golpistas realmente têm se aproveitado dessa facilidade para enganar o correntista. Mas que ainda são poucos bancos que oferecem o serviço por agendamento. Então o uso em massa desse golpe, como ocorrem em outros casos, como aqueles pelo WhatsApp, ainda é um boato.
Ainda não são todos os bancos que aderiram ao Pix agendado, mas a funcionalidade passará a ser uma oferta obrigatória pelos bancos a partir de 1º de setembro, então é preciso ficar atento.
O agendamento funciona da seguinte forma: quando o usuário marca a data e horário para concluir a operação, a transação fica retida na instituição financeira.
A principal dificuldade em identificar o golpe é que o agendamento não constará no extrato do beneficiário da transferência. Mas o especialista em automação fiscal, Bruno Aguilar, explica que existem algumas formas para os usuários não caírem em nenhuma fraude.
“Todo golpista utiliza a fragilidade do psicológico das pessoas, o senso de urgência. Por isso, o principal nessas situações é manter a cautela e prudência. Se houve esse contato, a primeira coisa a fazer é verificar as informações dessa transação com a pessoa: o saldo da conta, o extrato do remetente, o número da transferência, e até consultar a instituição bancária do remetente”, orienta.
O especialista alerta que mesmo que a pessoa envie informações comprovando que o agendamento foi realmente feito, isso não significa nenhuma garantia, já que o Pix agendado pode ser cancelado a qualquer momento. O correntista pode falar para quem o procurar que é só desagendar a operação.
Então, em caso de receber uma mensagem como a da imagem, é fundamental que os usuários aguardem a transação ter ocorrido para conferir o extrato e verificar se não se trata de um golpe.
O Banco Central alerta que sempre que uma transferência via Pix é realizada, o beneficiário recebe uma notificação em seu aparelho celular. Se não recebeu a notificação, já é um indício de que não houve transação.
Aguilar afirma que as vítimas desse golpe podem procurar uma delegacia para realizar o Boletim de Ocorrência (BO). “Por isso, é importante que a vítima guarde todas informações, como comprovante do extrato, a chave do Pix utilizada para a transferência e telefone do possível golpista. Tudo isso é importante para que as autoridades possam identificar o criminoso”, explica.
O Banco Central e a instituição financeira, tanto da vítima quanto na qual o golpista tem conta, também devem ser notificados do golpe. Os usuários podem procurar o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) ou na ouvidoria da instituição (lista de ouvidorias).
Informe os dados da conta que recebeu o dinheiro: número da agência, número da conta e nome do beneficiário e também a chave do Pix. Esses dados aparecem no comprovante da transação.
Caso a situação não seja resolvida, a vítima pode recorrer aos órgãos de defesa do consumidor (Procon do seu Estado) ou ao Poder Judiciário para buscar reparação do dano.
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