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ES abre 2 mil empregos em julho; 1º saldo positivo desde o início da pandemia

ES abre 2 mil empregos em julho; 1º saldo positivo desde o início da pandemia

Depois de quatro meses de saldo negativo, houve mais contratações do que demissões no Espírito Santo, segundo dados do Caged

Publicado em 21 de agosto de 2020 às 16:10

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carteira de trabalho
O Caged mostra dados do mercado formal. (Ministério do Trabalho/Divulgação)

O Espírito Santo registrou a criação de 2 mil vagas de empregos formais em julho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (21) pelo Ministério da Economia. Esta é a primeira vez desde fevereiro que houve mais contratações do que demissões no Estado. 

A alta é puxada, principalmente, pela indústria e pela construção civil, que tiveram saldo positivo de  1.476 e 928 vagas, respectivamente. O comércio, que vinha liderando os fechamentos  de postos de trabalho desde março, também registrou crescimento (316), ainda que insuficiente para reparar as mais de 5 mil vagas perdidas neste ano.

O economista chefe e diretor-executivo do Ideies, Marcelo Saintive, apontou que a indústria do Espírito Santo não foi tão afetada quanto outros setores com as medidas de distanciamento e proteção contra o coronavírus, já que não foi proibida de funcionar. Ele acredita que os dados do Caged apontam para uma retomada da economia.

"A expectativa é que o Espírito Santo consiga sair mais rápido dessa crise do que outros Estados que estão com o quadro fiscal mais deteriorado. Percebe-se que há uma luz no fim do túnel", diz.

Saintive avalia ainda que o crescimento da indústria foi bem distribuído entre várias empresas e não foi resultado de uma ação isolada. "A indústria se preparou, veio fazendo dever de casa. Das 23 atividades do setor industrial, 16 tiveram crescimento. A construção civil também adotou protocolos necessários com relação à atividade laboral. É importante retomar as atividades econômicas para que haja geração de emprego e renda", afirma. 

SAÍDA DA CRISE

A evolução mostra que abril foi o pior mês para o emprego no Estado este ano. Desde então, o fechamento de postos de trabalho vem desacelerando.

Mesmo com o resultado positivo em julho, o Caged mostra que neste ano já foram extintas mais de 25,3 mil vagas só no Espírito Santo. No Brasil, o saldo negativo passa de 1,09 milhão.

MUNICÍPIOS

A Serra foi a cidade onde houve maior número de vagas abertas. Foram criados 914 postos com carteira assinada a mais do que demissões em julho deste ano. O município concentra muitas indústrias, que foi o setor que mais fez contratações no mês de referência.

Em Vitória, o saldo positivo de vagas foi tímido, apenas sete contratações a mais do que demissões. Entre março e junho,  a Capital perdeu 6.477 postos de trabalho.

Ao todo, 39 cidades do Espírito Santo tiveram saldo positivo em julho. Entre as que tiveram saldo negativo, destaca-se Vila Velha, única da Região Metropolitana que segue em tendência de encolhimento do mercado de trabalho formal. Houve, contudo, uma desaceleração no fechamento de vagas. 

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