Com o avanço da vacinação contra o novo coronavírus, o Espírito Santo deve passar, no segundo semestre deste ano, por uma fase mais ampla de flexibilização das atividades econômicas e sociais nos municípios. A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira (28) pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, durante pronunciamento para atualização da situação da pandemia da Covid-19 em território capixaba.
A previsão, segundo o secretário, é de que até setembro toda a população adulta do Estado já tenha recebido pelo menos a primeira dose da vacina. Um cenário semelhante também é vislumbrado a nível nacional. A expectativa é de que, dentro de alguns meses, o país alcance a chamada imunidade coletiva, ou imunidade de rebanho, que deve permitir uma redução das restrições às atividades.
“Com um avanço pleno da imunização, somado às condições exteriores, à persistência e a necessária adoção do uso das máscaras, dos protocolos, e principalmente num cenário de real testagem em massa, nós devemos viver no segundo semestre deste ano um período de maior robustez na retomada das atividades sociais e econômicas”, destacou.
A perspectiva é de que, ao longo dos meses de agosto e setembro, seja estabelecido o início de um período de transição segura para a retomada, com retorno integral das atividades educacionais de forma presencial, funcionamento pleno dos serviços de saúde (atenção primária, cirurgias eletivas, entre outros), e revisão das medidas qualificadas a serem adotadas pelos municípios, de acordo com a classificação de risco.
A pandemia de coronavírus impactou os setores da economia de formas diferentes. Desde março de 2020, houve um forte crescimento do setor de supermercados, por exemplo, enquanto o comércio de rua e os shoppings tiveram que passar por longos períodos de restrição. A indústria, considerada essencial, não teve a atividade interrompida. Já algumas áreas do setor de serviços estão totalmente ou parcialmente paralisadas até hoje.
Atualmente, o comércio está autorizado a funcionar, mas o horário depende da classificação de risco da cidade, que pode ser baixo (verde), moderado (amarelo) ou alto (vermelho). Quanto maior o grau de risco, menor o tempo permitido de abertura. Por ter sido beneficiado com uma flexibilidade mais ampla, o comércio é um dos setores que tem se recuperado mais rapidamente da crise.
Outras áreas da economia, entretanto, ainda enfrentam dificuldades. Dentro do setor de serviços, alguns segmentos tem apresentado bom desempenho, como é o caso dos serviços de saúde. Contudo, áreas ligadas ao lazer e ao entretenimento não retomaram plenamente.
É o caso das academias, cujo atendimento ainda é restrito de acordo com o tamanho do estabelecimento. Já as boates estão desde março do ano passado sem permissão para funcionar.
Os bares também foram fortemente impactados. Atualmente, eles ainda não podem funcionar em municípios de risco elevado. O setor de eventos e as atividades de turismo também são bastante prejudicadas.
No pronunciamento, o secretário afirmou que haverá mais flexibilização no segundo semestre, contudo, ainda atreladas ao grau de risco de cada lugar. “As atividades sociais e econômicas deverão ter, nesse período de 60 dias entre agosto e setembro, um período de muitas atualizações, de muitas revisões das medidas qualificadas para o risco ao qual se define cada município capixaba e aquilo que determina as atividades sociais e econômicas.”
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