O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), disse que o Estado terá de manter a qualidade nos gastos públicos medida necessária para a organização das contas e o equilíbrio fiscal e defendeu ainda parcerias com o setor privado para a retomada de investimentos, buscando uma recuperação econômica após a pandemia do novo coronavírus.
A fala de Casagrande foi em entrevista à GloboNews, nesta quinta-feira (21), logo após ele ter participado de uma videoconferência com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), e dos demais governadores brasileiros. O objetivo da reunião foi discutir o projeto de socorro federal aos Estados e municípios e o veto ao reajuste de servidores públicos até 2021.
Questionado sobre o aumento de gastos nesse período de pandemia do novo coronavírus, o governador capixaba disse que as medidas econômicas devem passar a ser mais profundas nos próximos meses.
O gasto público não pode ser feito de forma desordenada, desorganizada. As medidas serão muito mais profundas e o déficit vai se acumular muito. E quem pode fazer déficit é o governo central. Eu não posso. Eu não posso lançar títulos, emitir papel moeda, eu tenho que me comprometer com aquilo que eu tenho. Por isso, a ajuda federal é fundamental, avaliou Casagrande.
Por conta desse déficit maior, afirmou, é que a qualidade dos gastos deve ser aumentada. Nós temos que ter qualidade nos gastos para retomar os investimentos. Uma maior parceria com o setor privado para os investimentos em infraestrutura é fundamental, destacou.
Mas podemos aproveitar esse momento para reduzir a burocracia da administração pública, para ampliar e aplicar tecnologia na veia da administração pública e preparar essas parcerias com o setor privado, acrescentou Casagrande sobre o período de convivência com a pandemia.
Durante a reunião com os demais governadores e o presidente, Renato Casagrande citou uma perda de 25% a 35% da arrecadação somente no mês de maio. Aqui no Espírito Santo eu vou ter R$ 3,4 bilhões de redução de receita. Por isso, estou conversando com os Poderes, estou tratando com eles a redução dos duodécimos, porque é necessário todos contribuírem e tenho conseguido essa sensibilização, concluiu o governador.
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