A flexibilização do funcionamento do comércio no Espírito Santo vai ter que acontecer, nos próximos dias, no Espírito Santo, por falta de medidas do governo federal de socorro à economia. A afirmação foi feita pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, em entrevista à jornalista Fernanda Queiroz, na CBN Vitória, na manhã desta quinta-feira (16)
Ele afirmou que vai se tornar inviável a manutenção das medidas de distanciamento social para combater a Covid-19, pela ausência de medidas econômicas mais radicais de apoio à economia que não vêm sendo tomadas pelo governo federal.
"Vai ser insustentável. Vamos ter que conviver com o vírus dentro de uma dimensão que o serviço de saúde seja capaz de absorver", comentou o secretário. "Para poder responder de maneira adequada às questões dessa pandemia, um conjunto de decisões econômicas deveria estar sendo tomado pela União para garantir que os setores do comércio, serviço e indústria possam suportar as medidas", complementou.
Nésio pontuou, no entanto, que uma flexibilização pode provocar mais mortes no Estado. "Digamos que eu coloque 2 mil leitos de UTI para Covid-19. Ah então quer dizer que o serviço vai poder absorver os pacientes graves? Não. Quer dizer que vai morrer muita gente que não precisaria morrer. Significa que vamos garantir o acesso à UTI, mas tem muita gente que poderia não desenvolver a forma grave da doença e que vai desenvolver porque as medidas não puderam ser sustentadas", lamentou.
Uma mudança na captação dos dados sobre os resultados nos testes de Covid-19 registrados por dia no Espírito Santo provocou um salto no número de diagnósticos nos últimos dias. Na terça-feira (14), 94 novos casos foram confirmados. Na quarta, o número total saiu de 557 para 754 em todo o Estado. Ou seja, 197 casos a mais.
De acordo com o governador Renato Casagrande (PSB), a partir de agora estão sendo contabilizados também os dados dos municípios e dos laboratórios particulares, o que ocasionou esse aumento nos registros.
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