O governo do Estado vai pedir aos bancos nacionais que adiem a cobrança de parcelas de empréstimos já contratados pelos moradores das áreas atingidas pelas chuvas da semana passada, no Sul do Estado, especialmente os consignados. Iconha, Vargem Alta e Alfredo Chaves são alguns dos municípios mais afetados.
A intenção do Executivo estadual é requisitar um adiamento de pelo menos um ano, mesmo tempo que está sendo dado pelos bancos públicos do Estado, Banestes e Bandes.
Segundo o secretário de desenvolvimento do Espírito Santo, Marcos Kneip, o pedido será feito prioritariamente ao Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, ao Bradesco e Sicoob.
"Ninguém hoje ali tem condição de pagar nada. Tem que haver uma sensibilidade como foi feito por parte do Banestes", afirma o secretário. Com a chuva, sete pessoas morreram na região e casas, escolas, postos de saúde e lojas foram destruídos. São mais de 3.300 desalojados e desabrigados.
O governo anunciou na última quarta-feira que os moradores das áreas atingidas pelas chuvas teriam uma carência de 12 meses para continuar pagando as dúvidas no Banestes e no Bandes. A preocupação era principalmente com os empréstimos consignados, que são descontados em folha.
Kneip acredita que essa medida já deve atingir 80% da população endividada. Já que contempla a maior parte dos servidores.
Procurada, a Caixa informa que até o momento não recebeu pedido do governo do Estado para suspensão de cobrança de parcelas de empréstimos dos atingidos pelas chuvas no Espírito Santo. O banco ressalta ainda que está avaliando alternativas para atender as necessidades dos municípios afetados e que já foi disponibilizado para o município de Alfredo Chaves uma Unidade de Atendimento Móvel (caminhão-agência), que será instalada nos próximos dias.
O Banco do Brasil também afirma que ainda não recebeu comunicação por parte do governo do Estado.
O Sicoob Espírito Santo afirma que as agências atingidas também foram remontadas em endereços temporários e estão com atendimento em expediente regular. Além disso, estuda a renegociação do prazo das operações de crédito já contratadas pelos associados destes municípios. A cooperativa também vai disponibilizar, a partir da próxima segunda (27), R$ 20 milhões através da linha de crédito emergencial Recomeçar, que pode ter os juros zerados para o associado e condições facilitadas para a contratação.
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