Pesquisadores do Espírito Santo estão desenvolvendo uma alternativa inovadora de geração de energia elétrica, com um aspecto sustentável. Trata-se da árvore solar, que apresenta folhas capazes de captar a luz do sol para transformar em energia. Os primeiros modelos serão instalados em breve na casa do governador Renato Casagrande, residência oficial do Estado, na Praia da Costa, em Vila Velha, e em duas escolas técnicas da rede estadual.
O projeto foi desenvolvido por profissionais do Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (Cpid), um espaço de pesquisas e parcerias estratégicas, com propósito de oferecer apoio à inovação capixaba.
O Cpid é fruto de uma parceria entre a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), instituições acadêmicas do Espírito Santo e setores de inovação e desenvolvimento do governo estadual.
A árvore tem seis metros de altura e pétalas de 1 metro quadrado. Elas contam com placas solares instaladas em sua superfície.
Em relação à geração de energia, a árvore tem estimativa de gerar 300 kWh/mês. Portanto, pode ser aproveitada de diferentes formas, a depender do local em que está instalada. Em uma residência, por exemplo, a energia pode ser aproveitada para alimentar portas USB para carregamento de celulares e para recarregar carros elétricos. Fato é que ela contribui diretamente em todo o consumo do local.
Um protótipo da árvore, que levou aproximadamente dois anos para ser desenvolvido, está pronto para aplicação. De acordo com o secretário, o primeiro teste acontecerá na residência oficial do governador. A tecnologia será instalada e ficará de forma permanente no local. “Estamos nos detalhes finais para colocar de pé em 2024”, reforçou Lamas.
A proposta também é levar a árvore solar para teste em duas escolas técnicas do Espírito Santo, o CEET Vasco Coutinho, em Vila Velha; e CEET Talmo Luiz Silva, em João Neiva — será instalado um protótipo em cada instituição de ensino.
A tendência é expandir o projeto para os mais diferentes territórios capixabas. “Nós saímos daquele modelo padrão da energia solar para algo que vai habitar praças e ruas das cidades”, destacou o secretário.
No total, dez profissionais da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) participaram do processo de desenvolvimento da árvore solar, sendo o professor de Engenharia Elétrica da Ufes, Marcelo Segatto, o coordenador responsável.
O Cpid recebeu uma verba governamental de R$ 3 milhões, a ser diluída em inovações durante dois anos. Dessa forma, o valor é distribuído entre as centenas de projetos criados dentro do programa de inovação. A proposta da árvore solar ainda recebeu apoio financeiro da ArcelorMittal.
Vitor Gregório é aluno do 26º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta e foi supervisionado pela editor Weber Caldas.
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