Mais uma vez trabalhadores passaram horas em filas para conseguir desbloquear a poupança digital ou buscar informações sobre o auxílio emergencial e o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na Caixa. Na agência da avenida Abdo Saad, em Jacaraípe, na Serra, o tempo de espera passava de quatro horas nesta segunda-feira (3).
Com o sol forte, muitas pessoas abandonaram as recomendações de distanciamento social e se aglomeraram nas áreas de sombra da avenida.
A pesquisadora Cintia Ancona, 44 anos, chegou ao local às 11h20 e até as 16h não havia sido atendida. Ela afirma que buscou a agência para corrigir um erro cadastral que a impede de ter acesso ao saque-emergencial do FGTS.
"Eu tenho salário, mas meu marido é autônomo, estamos com metade da renda. O FGTS é o que vai nos ajudar nas contas atrasadas desses meses que a nossa renda esta menor", conta.
Esta já é a segunda vez que ela comparece à agência na Serra. Na última sexta-feira (31), após esperar por mais de uma hora debaixo de chuva, descobriu que pelo calendário da Caixa só poderia tentar o desbloqueio da conta a partir desta segunda.
"Chega a ser desumano. A gente ainda tem saúde, mas tem muita gente que não tem, gente idosa", relata.
A cena se repete no Estado e no país ha cerca de três semanas, quando a Caixa bloqueou cerca de 1 milhão de poupanças digitais por suspeita de fraude ou problemas cadastrais. Essas contas só podem ser acessadas pelo app Caixa Tem.
A Gazeta procurou a Caixa, mas ainda não obteve retorno.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta