> >
Espírito Santo vai ter o primeiro ônibus 100% elétrico em 2020

Espírito Santo vai ter o primeiro ônibus 100% elétrico em 2020

O veículo elétrico que virá para o Estado será construído em Campinas (SP) pela multinacional chinesa BYD Brasil. Em meados de 2020 ele será entregue à Vix Logística

Publicado em 27 de novembro de 2019 às 20:00

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Primeira frota de ônibus 100% elétricos BYD no Equador. A empresa será a fabricante do ônibus que circulará no Estado. (Divulgação/BYD )

Espírito Santo vai ter o primeiro ônibus elétrico no ano que vem. O veículo faz parte de um projeto-piloto de mobilidade urbana com energia elétrica e será usado para transporte de empregados de grandes empresas instaladas no Estado.

Com base no desempenho do transporte coletivo, será desenvolvido um plano de negócios para ampliar sua implementação podendo até, em alguns anos, ser usado no transporte de passageiros em geral a longas distâncias.

O projeto foi lançado nesta quarta-feira (27), na sede da EDP Espírito Santo, em Vitória. Ele é uma parceria entre a Vix Logística do Grupo Águia Branca e a concessionária de energia EDP. A iniciativa foi contemplada na Chamada Pública da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o tema Mobilidade Elétrica Eficiente por meio do fundo de Pesquisa e Desenvolvimento da agência reguladora e terá duração de dois anos.

Para realizar o projeto que contempla a aquisição de um ônibus e a instalação de quatro estações de recarga para abastecimento do veículo serão investidos R$ 6,6 milhões.

O veículo elétrico que virá para o Estado será construído em Campinas (SP) pela multinacional chinesa BYD Brasil. Em meados de 2020 ele será entregue à Vix Logística. Segundo Kaumer Chieppe, presidente do conselho do Grupo Águia Branca, inicialmente o ônibus percorrerá apenas distâncias curtas, por isso a escolha do modelo de fretamento.

“O veículo vai atender diferentes empresas que temos como clientes, como ArcelorMittal, Vale, Suzano e Samarco. Com isso, conseguiremos conhecer e avaliar a viabilidade desse modelo para replicá-lo. Além disso, os motoristas precisarão passar por um treinamento já que há diferença entre dirigir um veículo convencional e um elétrico”, comenta.

O gestor executivo de Mobilidade Elétrica da EDP Smart, Nuno Pinto, afirma que a parceria com o Grupo Águia Branca representa a continuidade dos esforços para potencializar o Espírito Santo como um dos pólos mais importantes de mobilidade elétrica do País.

“Temos 500 mil ônibus circulando em todo o país. Junto a isso tem a poluição atmosférica, causada pela emissão, de CO² e a poluição sonora, devido aos ruídos dos motores. Com isso, vemos uma oportunidade de mercado pela frente. As empresas estão buscando trabalhar cada vez mais de maneira sustentável”, argumenta.

As empresas vão operar de forma integrada, por meio de uma plataforma de gestão, que permitirá a realização de testes de funcionalidade e do modelo de negócio. Apesar de ainda inédito no Estado, no país o cenário de ônibus elétricos já vem sendo ensaiado. A mesma empresa já fabricou ônibus elétricos que são utilizados em diversos Estados brasileiros.

Para o Grupo Águia Branca, o uso de veículos que utilizam energia em sua frota não é novidade. Desde o começo deste ano a empresa adicionou à frota do V1, serviço de transporte por aplicativo, um modelo de carro híbrido, que funciona com motor elétrico e gasolina.

SISTEMA TRANSCOL

Como a colunista de A Gazeta Beatriz Seixas noticiou no último dia 14, o governo do Estado também já manifestou o interesse em integrar veículos elétricos e ônibus movidos a gás à frota do Sistema Transcol. Estudos junto ao Banco Latinoamericano já foram contratados pelo Estado para desenvolver o projeto.

Na ocasião, o governador do Estado Renato Casagrande (PSB), disse que a implantação do projeto dependerá muito do custo. “Mas precisamos estudar porque a hora que tiver viabilidade, nós temos que também fazer a mudança, porque o petróleo é uma fonte de energia suja e nós precisamos fazer uma caminhada em direção a fontes de energia mais limpa”, frisou o governador à colunista.

DESAFIO

O maior desafio na popularização dos veículos movidos a eletricidade é o alto custo que eles têm. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo o diretor de vendas da BYD Brasil, Carlos Roma, afirmou que o preço de um ônibus elétrico é, em média, o dobro do de outro movido a diesel. Isso ocorre porque as bactérias têm um alto custo e são responsáveis por cerca de 60% do valor total dos ônibus.

Este vídeo pode te interessar

Como toda tecnologia, inicialmente ela tem custo elevado. A expectativa é de que com sua popularização os custos sejam reduzidos nos próximos anos.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais