O fechamento do comércio no Espírito Santo será prorrogado, pelo menos, até 12 de abril. A medida deve constar em novo decreto que será publicado nos próximos dias pelo governador Renato Casagrande (PSB). No documento, devem constar ainda algumas flexibilizações, como a permissão de abertura de lojas de material de construção, serviços automotivos e chocolates.
Para o presidente da Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio), José Lino Sepulcri, a medida é dura, mas essencial. "Todos estamos pagando um preço elevado, mas são medidas necessárias. A única forma de prevenção que temos até o momento é o recolhimento", diz.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Vitória, Estanislau Ventorim, concorda. "Todos estamos sofrendo com o fechamento e gostaríamos de estar trabalhando. Mas sabemos que é necessário. É melhor cuidar da saúde", afirma.
Segundo José Lino, as flexibilizações que virão no novo decreto são fruto de negociação da categoria com o governo. As lojas de material de construção devem voltar a fornecer para obras que ficaram paradas desde que houve o primeiro decreto de fechamento do comércio, em 20 de março. Da mesma forma, lojas de autopeças poderão suprir peças de reposição às oficinas.
Já sobre as lojas de chocolate, ele explica que o objetivo é evitar uma perda maior ainda dos artigos de páscoa que já haviam sido confeccionados ou adquiridos pelos lojistas. "As lojas, pequenas e grandes, fizeram estoque desse material que, se não for vendido até o domingo de páscoa, será perdido", avalia.
O presidente da CDL afirma que os empresários ainda têm algumas dúvidas sobre como funcionará a abertura parcial proposta pelo governador. Segundo o decreto, esses estabelecimentos só poderão funcionar das 10h às 16h para prevenir aglomerações no transporte público.
"Vamos aguardar a publicação para analisar todos os pontos. Mas vamos cumprir todos eles", garantiu.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta