Com a mudança na tributação dos combustíveis, surge a dúvida: será que é melhor abastecer com etanol ou com gasolina? Qual deles tem melhor custo-benefício na hora de rodar com o carro?
Após semanas de discussão, o governo federal decidiu reonerar parcialmente os combustíveis. Para a gasolina, o aumento foi de R$ 0,47 com a volta dos impostos federais (PIS/Cofins e Cide) sobre os combustíveis.
Entretanto, o acréscimo na bomba deve ser mais baixo, de R$ 0,34. Isso porque é preciso subtrair a redução de R$ 0,13 por litro no preço da gasolina vendida pela Petrobras às distribuidoras, anunciada na terça-feira (28).
Com isso, o preço médio do produto — que custava, em média, R$ 5,14 no Estado —, de acordo com o levantamento mais recente feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 19 e 25 de fevereiro, deve alcançar R$ 5,48.
O preço do etanol também será reajustado, com aumento de R$ 0,02 por litro, após reoneração parcial. Com isso, o produto, que, na última semana de fevereiro, custava em média R$ 4,33, deve passar a custar cerca de R$ 4,35 nos postos do Estado. Há diferenças entre estabelecimentos e municípios.
A justificativa do governo para a definição dos números é a necessidade de tornar o etanol, que é um biocombustível, mais atraente que a gasolina, um combustível de origem fóssil, mais poluente.
Mas ainda que, em tese, o álcool seja mais barato no Espírito Santo, pode não ser a opção mais vantajosa para o motorista que busca economizar. Isso porque o preço geral do combustível não é o único fator a ser analisado.
É preciso considerar ainda a quilometragem feita. Com um litro de gasolina, por exemplo, é possível percorrer, em média, 12 quilômetros com o carro. O consumo de cada veículo é variável.
Já um litro de etanol permite percorrer, em média, 9 quilômetros. Assim, para ser mais vantajoso utilizar o álcool, a diferença tem que ser de pelo menos 30% em relação ao preço do litro de gasolina.
Com o etanol passando a custar, em média, R$ 4,35, e a gasolina R$ 5,48, a diferença é de 25,97%. Ou seja, é preciso abastecer mais litros para conseguir rodar o mesmo que a gasolina.
Isso acontece porque o álcool tem uma queima maior, sendo consumido mais rapidamente, de modo que o motorista percorre uma quilometragem menor. Com isso, vale a pena abastecer com etanol se o preço dele for, no máximo, 70% do valor da gasolina. Um carro menos econômico, que "bebe" mais combustível, pode exigir uma diferença ainda maior.
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