Apresentando melhor desempenho desde 2011, as exportações do agronegócio do Espírito Santo alcançaram um total de US$ 2,1 bilhões, o que equivale a R$ 10,5 bilhões. O resultado veio a partir do crescimento de 25,3% do total exportado em relação a 2022, quando o volume comercializado ao exterior chegou a US$ 1,7 bilhão.
Ao longo de todo o ano de 2023, mais de 2,5 milhões de toneladas de produtos foram embarcadas para o exterior, representando um crescimento de 12%. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seag).
Os três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio capixaba – complexo cafeeiro, celulose e pimenta-do-reino – representaram 92,6% do valor total comercializado de janeiro a dezembro de 2023.
Em 2023, o café ultrapassou a celulose e se tornou o principal produto exportado pelo agronegócio capixaba. A mudança foi impulsionada pelo café conilon, que mais que triplicou o volume de sacas exportadas no último ano. De acordo com o Centro de Comércio do Café de Vitória (CCCV), de janeiro a dezembro de 2023, foram exportadas 4 milhões sacas de café conilon cru em grãos, enquanto no total de 2022 foram exportadas 1,2 milhão de sacas.
Além das exportações de café conilon cru em grãos, ainda há volumes consideráveis de café solúvel, cuja exportação foi de 501,7 mil sacas em 2023. O café conilon está cada vez mais eficiente em logística. E aumentou a oferta de cafés com certificações de qualidade e sustentabilidade, permitindo ao Brasil, e ao Espírito Santo, acessar mercados consumidores que antes eram compradores de outras origens produtoras.
Os produtos que tiveram maior aumento no valor comercializado foram:
Por outro lado, houve queda no valor de produtos como:
“Ultrapassamos a marca dos US$ 2,1 bilhões em divisas com as exportações do agronegócio capixaba em 2023 e nossos produtos foram enviados para 130 países, alcançando o melhor resultado desde 2011. Além disso, a participação relativa do agronegócio nas exportações totais do Espírito Santo no último ano foi de 22,4%, desempenho superior a 2022, em que a participação relativa foi de 18,6%. Esses dados mostram como estamos avançando com competitividade no cenário internacional”, comemorou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
Outro grande destaque foram as divisas geradas com as exportações capixabas de gengibre, que, pela primeira vez, superaram o valor exportado com mamão. Em 2022, a receita gerada pelo gengibre foi de US$ 19 milhões contra US$ 24 milhões do mamão. Em 2023, o cenário mudou e o gengibre atingiu o montante de US$ 37,6 milhões, contra US$ 21 milhões do mamão.
O crescimento do gengibre no comércio exterior chama a atenção pela valorização que o produto obteve no cenário internacional. O preço praticado em 2022 foi de US$ 0,97 por kg e, em 2023, passou a ser US$ 2,12 por kg, um aumento de 118,7% no preço médio. A valorização teve influência na receita obtida, que aumentou 98,3% em relação a 2022, mesmo exportando um volume 9,3% menor no último ano. Com esse novo cenário, o gengibre passa a ser o quarto produto mais importante para o agronegócio capixaba, depois de café, celulose e pimenta-do-reino.
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