São Gabriel da Palha, no Noroeste do Espírito Santo, é conhecido pela produção de café conilon. Mas tem outro setor bem importante para a economia da cidade: o de vestuário. As indústrias de confecção geram 25% das riquezas do município.
A empresária Susi Colombi é uma das pioneiras na área. A fábrica dela começou com três máquinas, há cerca de 30 anos, e depois foi crescendo e crescendo. “Hoje estamos com 25 máquinas. A gente emprega um número considerável, de 35 funcionários. Temos capacidade de aumentar cerca de 40% a produção”, contou Susi.
Quando o Welton Martins Mendonça precisava do primeiro emprego, ainda sem experiência, conseguiu uma vaga como auxiliar de cortes na fábrica da Susi. Hoje, 23 anos depois, é gerente de produção. “Eu comecei sem experiência nenhuma, como auxiliar de cortes. A empresa foi me dando oportunidade, fui crescendo. Hoje estou como gerente de produção, cada vez crescendo mais”, relatou o gerente.
Ao todo, 80 empresas de confecção atuam em São Gabriel e geram mais de três mil postos de trabalho. Elas produzem 500 mil peças de roupas por mês, que vão para o comércio em todo o Brasil, como no Brás, em São Paulo. Por ano, movimentam aproximadamente 150 milhões de reais.
Mas os empresários estão tendo dificuldade para contratar mão de obra qualificada. Para tentar resolver esse problema, eles conseguiram uma parceria com o governo federal para contratar venezuelanos. É o caso do Jaisser David Nava. Ele conta que a oportunidade de emprego chegou no momento em que ele mais precisava. Na fábrica do empresário Tiago Schmidt, mais 60 empregados da mesma origem.
Diante dos desafios, a Prefeitura de São Gabriel da Palha também busca formas para expandir o segmento com a qualificação dos profissionais, segundo o secretário de Governo e de Comunicação, Fagner Ferreira.
“A gente vem treinando, junto com parceiros da iniciativa privada, para que os profissionais se qualifiquem. Deve vir também uma política fiscal para atrair empresas para o nosso polo”, comentou o secretário.
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